Yahoo Notícias. ***Por Ricardo Brito, da Reuters
O PT entrou nesta
segunda-feira com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o
presidente Jair Bolsonaro, um dos filhos dele, Carlos Bolsonaro, e o ministro
da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, no episódio em que Bolsonaro e
Carlos disseram ter se apropriado da memória da secretária eletrônica da
portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde ambos têm
residência.
Petistas
levantaram a suspeita de que Bolsonaro e Carlos podem ter alterado as gravações
do local. As gravações tratam da visita de Élcio de Queiroz, um dos acusados de
participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ao condomínio
no dia do crime, em março de 2018. Élcio visitou o ex-policial Ronnie Lessa,
acusado de ter sido o autor dos disparos que mataram Marielle e o motorista
Anderson Gomes.
Em depoimento à
Polícia Civil do Rio, um porteiro disse inicialmente que Élcio teria informado
que iria à casa de Bolsonaro, mas depois foi visitar Ronnie Lessa. Essa versão
foi desmentida porque Bolsonaro, na ocasião, estava na Câmara dos Deputados.
Em nota, o PT
informa que cobra do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que sejam
determinadas busca e apreensão de todo o material apropriado por Bolsonaro e
seu filho, com a realização de perícia para que sejam verificadas eventuais
alterações nas provas. Cobra também apuração da prática de crimes dos três bem
como a instauração de investigações para avaliar a conduta de promotoras de
Justiça do Rio que se apressaram em desqualificar prova documental para afastar
a investigação do presidente e de seu filho enquanto ambos se apropriavam das
gravações.
O partido alega
que pode ter havido a ocorrência de crime de responsabilidade pelo presidente e
pelo ministro da Justiça, além de improbidade administrativa tanto de Moro como
de Carlos Bolsonaro.
Em entrevista na
noite de domingo, Bolsonaro negou qualquer tipo de obstrução de Justiça e disse
que não adulterou nada em relação aos dados da entrada do seu condomínio.
A notícia-crime
foi apresentada pela presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e os
líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta, e no Senado, Humberto Costa.
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