Comissão Política Nacional do Partido Comunista Brasileiro (PCB)
O Partido Comunista
Brasileiro considera muito grave a citação do nome do presidente Bolsonaro na
investigação do assassinato de Marielle Franco e do seu motorista Anderson.
Segundo matéria veiculada pela grande imprensa, um dos acusados do crime, Élcio
Queiroz, horas antes do assassinato, se dirigiu ao Condomínio Vivendas da
Barra, onde mora o ex-PM Ronie Lessa, apontado pelas investigações como o
atirador que assassinou Marielle e Anderson. Trata-se do mesmo condomínio no
qual reside Jair Bolsonaro.
A reportagem desvendou que, de acordo com o livro
de registros da portaria, o visitante, para entrar na área do conjunto
residencial, solicitou acesso à casa 58, número da residência de Bolsonaro. O
porteiro teria ouvido a voz do atual presidente da República permitindo a
entrada do sujeito.
Este fato se soma a
uma série de evidências envolvendo a família Bolsonaro e membros da milícia
acusada de participação direta na execução da Vereadora do PSOL e seu motorista.
Consideramos esse fato grave e nos somamos aos que buscam esclarecimento sobre
tais assassinatos, bem como acerca dos eventos que, desde sempre, envolvem a
família Bolsonaro e o aparato miliciano no Rio de Janeiro. É inadmissível que,
passados um ano e sete meses do assassinato da combativa militante das causas
populares e de seu assessor, nada tenha se avançado na descoberta dos mandantes
do crime. Como agora houve clara citação ao nome do presidente da República, a
lei obriga que a investigação vá ao Supremo Tribunal Federal.
Para além da solução
judicial, entendemos ser necessária a retomada da mobilização popular para
continuar pressionando as autoridades a ir a fundo nas investigações e apontar
os mandantes desta bárbara execução política. A impunidade dos mandantes desse
crime hediondo é a mesma que protege aqueles que, estimulados por mandatários
como Jair Bolsonaro e o Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, promovem a
criminalização e a violência repressora do Estado contra as comunidades
proletárias e o povo trabalhador, aprofundando uma política de extermínio
travestida de plano de segurança pública.
Associada aos ataques sistemáticos
aos direitos políticos, sociais e econômicos da classe trabalhadora e dos
setores populares, trata-se de uma ação conjugada para favorecer apenas os
interesses dos monopólios capitalistas, com o beneplácito de seus submissos
representantes nos poderes executivo, legislativo e judiciário. Somente a luta
organizada dos trabalhadores e trabalhadoras e a retomada das grandes
mobilizações nas ruas será capaz de dar fim aos retrocessos e preparar a
contraofensiva popular.
Marielle e Anderson,
presentes!
Basta de massacres contra o povo trabalhador!
Pelo Poder Popular, rumo ao Socialismo!
Comissão Política
Nacional do PCB
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