Alberto Fernandez e Cristina Kirchner |
AFP, 20 de agosto de 2019
O
candidato Alberto Fernández e sua companheira de chapa, Cristina Kirchner,
favoritos para a disputa em outubro na Argentina, pediram nesta terça-feira
(20) a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinando uma
petição com centenas de personalidades.
Dezenas
de dirigentes de direitos humanos, governadores, legisladores, dirigentes
sociais, sindicalistas, artistas e cientistas argentinos assinaram o pedido de
liberdade intitulado "500 dias de injustiça" e com a hashtag
#LULALIVREJÁ, publicado no jornal Página/12.
Entre
os signatários estão o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel; a presidente
das Avós da Praça de Maio, Estela Carlotto; a Mãe da Praça de Maio Taty Almeida
e a dirigente de Familiares de Desaparecidos (na ditadura 1976-1983) Lita
Boitano.
"É
um clamor muito importante pela liberdade frente a uma injustiça, como é a
detenção e a condenação de Lula da Silva, que implica o fato de o Brasil
continuar em um estado de exceção", afirmou Nicolás Trotta, reitor da
Universidade Metropolitana do Trabalho e promotor da iniciativa.
No
mês passado, Fernández visitou Lula (2003-2010), que está preso em Curitiba.
Nas
primárias de 11 de agosto, Fernández surgiu como favorito para a eleição
presidencial de outubro, com 47% dos votos, à frente do presidente liberal
Mauricio Macri (32%).
Depois
da derrota de seu aliado Macri, o presidente Jair Bolsonaro disse que o
eventual retorno do kirchnerismo ao poder na Argentina pode levar a uma onda de
refugiados no Brasil, similar à que enfrenta na fronteira com a Venezuela.
Pouco
depois, Fernández chamou Bolsonaro de "misógino, racista e violento"
e exigiu que "liberte" Lula, que manteve uma relação muito boa com os
ex-presidentes argentinos, Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015).
EM
TEMPO: Enquanto o presidente Bolsonaro atrai rejeição externa o ex-presidente
Lula atrai simpatia e solidariedade no mundo inteiro.
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