Folhapress
BRASÍLIA, DF
(FOLHAPRESS) - Sob o argumento de que busca ampliar a competitividade no país,
o governo Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (30.07.2019) mudanças em
normas de segurança e saúde no trabalho para reduzir exigências impostas aos
empregadores.
No total, existem
36 normas regulamentadoras, conhecidas como NRs, que reúnem 6,8 mil regras
distintas sobre segurança e medicina do trabalho. Na primeira etapa do processo
de revisão, duas NRs foram modificadas e uma terceira, revogada.
As regras devem
ser seguidas pelas empresas que tenham empregados regidos pela CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho). As mudanças não exigem aval do Congresso.
Na avaliação do
governo, a regulação vigente representa elevado potencial de multas a empresas
por fiscais do trabalho e uma carga que impacta a competitividade dos produtos
brasileiros.
A NR 2, agora
revogada, exigia uma inspeção de fiscal do Trabalho antes da abertura de um
estabelecimento. Para o governo, a revogação diminui a burocracia e reduz a
intervenção estatal na iniciativa privada.
A alteração da NR
1 permite, entre outros pontos, o aproveitamento de treinamentos feitos por um
trabalhador quando ele muda de emprego dentro da mesma atividade. A regra atual
exige que o curso seja refeito antes do início das atividades no novo emprego.
Ainda foi alterada
a NR 12, que trata de medidas de proteção para garantir a integridade física
dos trabalhadores e a prevenção de acidentes no uso de máquinas e equipamentos.
De
acordo com o governo, a comissão responsável pelas alterações --composta por
representantes do Executivo, dos empregadores e dos trabalhadores-- considerou
que a regra atual é complexa, de difícil execução e não está alinhada aos
padrões internacionais.
COMENTÁRIO: NA PRÁTICA AS "BESTEIRAS" DITAS PELO PRESIDENTE E SEUS MINISTROS CUMPREM O PAPEL DE FAZER UMA "CORTINA DE FUMAÇA" PARA MASCARAR OS ATAQUES AOS DIRETOS SOCIAIS E AO NOSSO PATRIMÔNIO PÚBLICO.
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