O deputado Glauber Braga (PSOL) em reunião da Comissão Especial Previdência Social
(PEC 6/19) - 18/06/2019
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Veja.com - Leonardo Lellis
Já se passavam mais
de sete horas da sabatina na Câmara dos Deputados em que o ministro Sergio Moro(Justiça e Segurança Pública) dava a sua versão
sobre os diálogos com o procurador Deltan Dallagnol — e que colocam em xeque
sua imparcialidade na Operação Lava Jato — quando ele resolveu se levantar e
deixar a sessão sob os gritos de “fujão”.
A saída do ministro
se deu após a fala do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) que, a partir de uma analogia com o
jogo de futebol, chamou Moro de “juiz ladrão”. Apesar da reação da bancada
governista que rebateu aos gritos e levou ao encerramento da sessão, o
parlamentar fluminense afirma que “a história” vai provar o que disse.
Leia a entrevista:
O senhor não acha que exagerou ao
chamar o ministro Sergio Moro de juiz ladrão?
Não retiro uma palavra do que eu disse. Eu fiz uma analogia com o
jogo de futebol, em que você tem um juiz que se corrompe, passa integrar um dos
times e recebe uma recompensa por causa disso. O nome disso é corrupção e, na
linguagem popular, se chama de juiz ladrão.
Então houve incompreensão em relação
ao contexto?
Eu não estou
preocupado com a forma como a bancada do PSL compreende o que eu digo. Estou me
lixando para eles. Eu estou preocupado com a maioria do povo brasileiro que
entende o que tem que ser dito e que a gente não pode deixar de dizer.
A reação do ministro te surpreendeu?
Me surpreendeu o grau de covardia. O ministro
não aguentou o primeiro embate quando confrontando com a verdade e saiu. Não
sabia que ele era tão covarde como se apresentou ontem.
O senhor também já chamou o deputado
Eduardo Cunha de “gângster”.
Ele tentou me
processar, mas os fatos e a história demonstraram o que é a realidade e é uma
coisa que eu tenho a certeza que vai acontecer com o Moro.
Não teme responder também por este
episódio?
Não temo
responder a qualquer tipo de processo e não vejo qualquer motivação para os
deputados bolsonaristas fazerem este pedido no Conselho de Ética. Mas se acontecer
e for admitido, será mais uma oportunidade de demonstrar a verdade e produzir
provas para demonstrar que Moro é um juiz ladrão.
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