quinta-feira, 11 de julho de 2019

Basta de mentiras sobre a Venezuela!


Resposta ao Relatório sobre a Venezuela da Alta Comissionada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet

O Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos rechaça energicamente o Relatório sobre a Venezuela apresentado em 4 de julho pela Alta Comissionada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet.
O Relatório mente escandalosamente sobre a realidade da Venezuela, utilizando a mesma narrativa empregada até o cansaço pelo governo dos Estados Unidos na condenação e desqualificação do legítimo presidente Nicolás Maduro.
Ignora vergonhosamente o caráter criminoso de mercenários como Leopoldo López que em 2017 alentaram crimes de ódio com as guarimbas, praticaram assalto e destruição de hospitais , armazéns de alimentos e medicinas e queimaram vivos ante os olhos do mundo jovens humildes por serem chavistas.
Nada diz o Relatório sobre a tentativa de magnicídio ao presidente Maduro em agosto do 2018, financiado pelos EUA e executado por uma oposição mercenária e apátrida.
Também não menciona o desconhecimento da institucionalidade e o ataque à democracia do patético Juan Guaidó que se autoproclamou “presidente ” seguindo instruções da Casa Branca. Nem uma palavra sobre a violação à Convenção de Viena na proteção das embaixadas quando os fantoches de Trump, Pompeo e Bolton, nomearam embaixadores e se consumou o assaltou à sede dos escritórios da embaixada da Venezuela em Washington protegida heroicamente por amigos solidários norte-americanos.
Falta à verdade o Relatório quando minimiza o titânico esforço do governo revolucionário de Venezuela na proteção dos direitos à alimentação, à educação, à moradia e o cuidado à saúde de seu povo.
Resulta ofensivo e grotesco que o Relatório assinale que as mulheres venezuelanas trocam sexo por comida.
Indigna que não mencione a brutal ingerência dos Estados Unidos para destruir a Revolução Bolivariana e impor um governo submetido aos interesses do império. Não condena a ameaça sustentada de intervenção militar, o chamado à deserção à força Armada Nacional Bolivariana, a guerra econômica sem quartel, o bloqueio, saque e roubo dos recursos financeiros do Estado venezuelano.
Não há uma palavra em todo o Relatório que condene as sanções impostas pelos EUA, que entraram em vigor em abril, contra a empresa estatal Petróleos de Venezuela, PDVSA, e que atentam diretamente ao principal recurso econômico do país, violam o direito internacional por seu caráter extraterritorial ao sancionar terceiros países, entidades e empresas que comprem petróleo da Venezuela.
O bloqueio dos EUA é a principal causa do sofrimento do povo venezuelano. Donald Trump e seus falcões são os máximos violadores dos direitos humanos.
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Com data de 23 de maio, depois do falecimento do menino venezuelano Giovanni Figuera de seis anos de idade, iniciamos uma campanha de cartas dirigidas à Sra. Bachelet e ao Secretário Geral da ONU. Dias depois faleceu Roberth Redondo de sete anos. Em nossas cartas solicitamos “a urgente intervenção da Alta Comissionada para pôr fim ao bloqueio dos EUA contra a Venezuela e evitar a morte de meninos e adultos com graves sofrimentos”.
Passaram-se dois meses e ainda estamos esperando resposta.
Os nomes dos pequenos Giovanni e Roberth mereciam um lugar no Relatório, uma menção que mitigue a dor de suas famílias e seu povo, uma linha de condenação por negar os recursos dispostos pelo governo venezuelano para a operação de transplante de medula óssea a meninos com leucemia. Meninos que não puderam ser operados por causa do criminoso bloqueio dos EUA.
O Relatório não só manipula e nega a verdade, ignora as provas e considerações contribuídas pelo governo, invisibiliza as vítimas das guarimbas e a todos os que estão sofrendo as consequências do bloqueio dos EUA. Tampouco condena a sabotagem que deixou sem luz e água o povo venezuelano durante uma semana.
A Sra Bachalet é mulher, latino-americana, médica e foi presidenta de um país como o Chile, onde os carabineiros assassinaram um estudante de 14 anos por se manifestar por uma educação melhor. Um país em o que se tornam vulneráveis diariamente os direitos do povo mapuche, onde não se julgaram e condenaram todos os crimes de lesa humanidade perpetrados pela ditadura, onde os operários, os trabalhadores e os mineiros são brutalmente assassinados.
Perguntamo-nos onde ficou a memória de seu pai, assassinado pela ditadura militar de Pinochet. Onde está a objetividade, a imparcialidade, a ética e a verdade de que fala a Alta Comissionada?
O Relatório entregue em 4 de julho seria um presente ao magnata que ocupa a Casa Branca?
É de enorme gravidade que o Relatório Bachelet não contribua com o diálogo e a paz, inclinando a balança em favor do agressor, no lugar de fazer pelo povo agredido.
Chamamos a desconhecer, repudiar e denunciar a distorção política, unilateral, mentirosa, ofensiva e irresponsável do Relatório sobre Venezuela.
A quem mais dano faz não é à Revolução Bolivariana que segue resistindo todos os embates. Seu povo e seu governo saberão levar a verdade que se tergiversa e esconde no pérfido Relatório. O dano enorme é à credibilidade da ONU.
Terá que voltar a pensar no que nos dizia o Padre Miguel D´Escoto, a quem lhe sobrava toda a ética e a valentia política que falta à Sra Bachelet: Há que refundar a ONU.
8 de Julho, 2019
Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos
http://solidariedadecubarj.blogspot.com/2019/07/resposta-do-comite-internacional-ao.html


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