O presidente Jair Bolsonaro distribuiu, na manhã de hoje, em diversos grupos de WhatsApp um texto de “autor desconhecido” que trata das dificuldades que ele estaria enfrentando para governar. O texto diz que o presidente está sofrendo pressões de todas as corporações, em todos os Poderes e afirma que o País “está disfuncional”, não por culpa de Bolsonaro, mas que “até agora (o presidente) não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou”.
Procurado pelo Estado para comentar sobre a mensagem, o
presidente respondeu por meio do porta-voz: “Venho colocando todo meu esforço
para governar o Brasil. Infelizmente os desafios são inúmeros e a mudança na
forma de governar não agrada àqueles grupos que no passado se beneficiavam das
relações pouco republicanas. Quero contar com a sociedade para juntos
revertermos essa situação e colocarmos o País de volta ao trilho do futuro
promissor. Que Deus nos ajude!”.
Ao compartilhar o texto, o
presidente escreveu: “Um texto no mínimo interessante. Para quem se
preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória. Em Juiz de Fora
(06/set/2018), tive um sentimento e avisei meus seguranças: Essa é a última vez
que me exporei junto ao povo. O Sistema vai me matar. Com o texto abaixo cada
um de vocês pode tirar suas próprias conclusões”.
Interlocutores do
presidente ouvidos pelo Estado dizem não saber quantas pessoas receberam a
mensagem, mas relatam pedido do presidente para que cada um replicasse o
conteúdo. Bolsonaro, de acordo com um dos interlocutores, já começou a receber
feedbacks, dizendo que ele “está falando a mais pura verdade”. No entanto,
fontes ouvidas pelo Estado consideram o desabado reproduzido como “muito grave”
e “preocupante”.
Uma das fontes chegou a
lembrar que o presidente está se deixando tomar pelas “teorias de conspiração”,
que dominam os discursos em sua família e que, ao endossar o texto, ele pode
provocar sim o que chamou de tsunami, na semana passada, e avisou que estava
por vir.
O presidente Jair Bolsonaro
desembarcou, nesta manhã, de uma viagem a Dallas, nos Estados Unidos, onde
recebeu uma homenagem. Lá, em entrevistas, falou da sua indignação com os
ataques aos seus filhos e disse que, se querem atingi-lo, que vão para cima
dele.
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