© Isac Nóbrega/Agência Brasil Bolsonaro e Trump durante coletiva de imprensa na Casa Branca |
Redação de CATRACA LIVRE
Não se tem notícia
de uma manifestação semelhante a um governante brasileiro. O Pre-feito da mais
importante cidade do mundo – Nova York – está propondo um boicote a Jair
Bolsonaro.
O prefeito Bill De
Blasio pediu oficialmente ao Museu Americano de História Natural que cancele um
evento em que Jair Bolsonaro deve receber o prêmio de personalidade do ano.
Bolsonaro foi
escolhido para receber o prêmio “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, com sede em NY, em seu jantar de gala no dia 14
de maio.
“Acredito na
Primeira Emenda”, disse o prefeito na rádio WNYC na sexta-feira, acrescentando:
“Se você está falando de uma instituição apoiada publicamente e está falando de
alguém que está fazendo algo tangivelmente destrutivo, estou desconfortável com
isso.”
De Blasio apontou
para os planos de Bolsonaro para desmatar a Amazônia, que ele alertou que
poderia colocar em risco o planeta, bem como seu “racismo evidente” e a sua
“homofobia”.
Ativistas
ambientais também estão pressionando o Museu de História Natural.
Em nota publicada
no Twitter, a administração do museu disse que o “evento externo e privado, no
qual o atual presidente do Brasil será homenageado foi reservado no museu antes
de o homenageado ser escolhido”.
“Estamos
profundamente preocupados, e estamos explorando nossas opções”, acrescentou.
Na quarta-feira, um
grupo de representantes de povos indígenas publicaram uma carta aberta no
jornal francês “Le Monde” dizendo que a política ambiental de Bolsonaro os
deixa às portas de “um apocalipse”.
A premiação é concedida
há 49 anos e busca homenagear dois líderes, um brasileiro e um americano,
reconhecidos por melhorar as relações entre EUA e Brasil. O jantar de gala
para mais de mil convidados custa US$ 30 mil por pessoa –todas as entradas já
estão esgotadas.
No ano passado,
Sergio Moro –hoje ministro da Justiça– foi o brasileiro agraciado. Em
2017 foi o tucano João Doria.
A escolha de
Bolsonaro já havia sido divulgada no começo de fevereiro, antes da viagem que o
presidente fez aos Estados Unidos e da decisão de isentar os turistas
americanos da necessidade de vista para entrar no Brasil.
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