© Julia Braun Pessoas protestam contra o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, próximo a Blair House em Washington nos Estados Unidos – 17/03/2019 |
Uma manifestação
contra a visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos Estados Unidos e o líder
americano Donald Trump acontece
neste domingo, 17, em Washington, D.C. O brasileiro deverá chegar à capital dos
EUA na tarde de hoje.
Segundo a
organização e um policial no local, por volta das 13h do horário local, 50
pessoas se reuniam na Lafayette Square, ao lado da Casa Branca, residência
oficial do presidente americano. Uma parte do grupo chegou a se concentrar nas
proximidades da Blair House, onde o brasileiro ficará hospedado.
O evento é
promovido pela organização DC United Against Hate, formada após a eleição de
Trump em 2016 e que afirma lutar contra a extrema-direita, racismo e agressões
contra minorias.
Manifestantes
carregam cartazes com fotos de Bolsonaro e Trump, e frases como “Ele não”,
slogan da campanha contra o presidente do Brasil durante as eleições de 2018.
Além de palavras de
ordem contra o brasileiro, eles gritam “Marielle presente” e “Lula livre”. A
construção de um muro na fronteira com o México, defendida por Trump, também é
alvo dos protestos.
“A linguagem que
Bolsonaro usa é muito similar à de Trump”, diz o americano Michael Shallal, da
organização DC United Against Hate, citando os líderes brasileiro e americano
como exemplos do crescimento da extrema-direita no mundo.
“Ele coloca muitas
pessoas em risco”, afirmou, relacionado o presidente brasileiro com os
suspeitos presos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.
A advogada
americana Jessica Bronson trouxe o filho para a manifestação. “É muito
irritante e triste que ele esteja nos EUA visitando seu amigo Donald Trump”,
diz.
©
Fornecido por Abril Comunicações S.A. Protesto contra o presidente Jair
Bolsonaro, em Washington D.C.
“Eu estou muito
incomodada com como ele tem tratado os cidadãos vulneráveis no país e enojada
com quão o contra mulheres, negros e LGBT ele é”, completa.
A brasileira
Mariana Prado também relaciona algumas das políticas de Trump com as do atual
governo brasileiro.
“Um dos motivos que
mais me preocupa é que o discurso de ódio do Bolsonaro legitima o preconceito e
a violência. Assim como vi com a eleição do Trump”, diz a mestranda de 24 anos,
que mora há 8 anos nos Estados Unidos.
Mariana conta que
passou a sofrer ataques por ser imigrante e latina após o início do governo do
líder republicano.
“Isso nunca tinha
acontecido antes”, diz. Líderes da manifestação que se pronunciaram no evento
também criticaram o governo de Bolsonaro pela inação diante da situação na
Venezuela.
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