terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Roger Waters defende Maduro e diz que Venezuela é alvo de golpe dos EUA


 Folhapress . Em 04.02.2019














SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O músico britânico Roger Waters declarou nesta segunda-feira (4) seu apoio ao ditador venezuelano Nicolás Maduro e disse que ele é alvo de uma tentativa de golpe feita pelo presidente americano, Donald Trump. 
Em postagem nas redes sociais, o cantor e compositor pediu para os "EUA tirarem a mão da Venezuela". 
Na mensagem, Waters ainda convocou seus seguidores para participarem de uma manifestação de apoio a Maduro na frente da sede das Nações Unidas em Nova York. 
"Parem essa última insanidade americana, deixem a população venezuelana em paz. Eles têm uma democracia real, parem de tentar destruí-la para que o 1% possa roubar seu petróleo", escreveu ele.
O músico ainda usou as hastags "Nicolás Maduro" e "Parem o golpe de Trump na Venezuela". 
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A Venezuela vive atualmente uma crise política que opõe Maduro ao líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente encarregado do país.
O Legislativo não reconhece a autoridade do ditador porque considera que a votação que o reelegeu em maio de 2018 não foi legitima - o pleito foi boicotado pela maioria da oposição e foi marcado por denúncias de fraude. 
Guaidó recebeu o apoio de diversos países, incluindo dos Estados Unidos, do Brasil e de parte da Europa.  
Conhecido por suas posições políticas, Waters costuma manifestar publicamente seu apoio a líderes de esquerda, incluindo o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013) e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). 
Em outubro do ano passado, durante a eleição brasileira, o ex-integrante da banda Pink Floyd virou alvo de polêmica durante passagem pelo país. Em seus shows, ele exibiu no telão a hashtag #EleNão, usado por críticos do então candidato (e atual presidente) Jair Bolsonaro (PSL). 
Ele também incluiu o Brasil em uma lista de países ameaçados pelo fascismo, citando novamente Bolsonaro. 
A lista incluía outros líderes mundiais, como o presidente americano Donald Trump, o premiê húngaro Viktor Orbán e a líder da direita radical na França, Marine Le Pen.
Bolsonaro chegou a entrar na Justiça com uma ação contra Fernando Haddad (PT), por suposto abuso de poder econômico praticado nos shows de Waters, mas o caso acabou arquivado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).


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