Folhapress . Em 04.02.2019
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O músico britânico
Roger Waters declarou nesta segunda-feira (4) seu apoio ao ditador
venezuelano Nicolás Maduro e disse que ele é alvo de uma tentativa de
golpe feita pelo presidente americano, Donald Trump.
Em postagem nas redes sociais, o cantor e
compositor pediu para os "EUA tirarem a mão da Venezuela".
Na mensagem, Waters ainda convocou seus seguidores
para participarem de uma manifestação de apoio a Maduro na frente da sede das
Nações Unidas em Nova York.
"Parem essa última insanidade americana,
deixem a população venezuelana em paz. Eles têm uma democracia real, parem de
tentar destruí-la para que o 1% possa roubar seu petróleo", escreveu ele.
O músico ainda usou as
hastags "Nicolás Maduro" e "Parem o golpe de
Trump na Venezuela".
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A Venezuela vive atualmente uma crise política que
opõe Maduro ao líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que se
autodeclarou presidente encarregado do país.
O Legislativo não reconhece a autoridade do ditador
porque considera que a votação que o reelegeu em maio de 2018 não foi legitima
- o pleito foi boicotado pela maioria da oposição e foi marcado por
denúncias de fraude.
Guaidó recebeu o apoio de diversos países,
incluindo dos Estados Unidos, do Brasil e de parte da Europa.
Conhecido por suas posições políticas,
Waters costuma manifestar publicamente seu apoio a líderes de esquerda,
incluindo o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013) e o
ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).
Em outubro do ano passado, durante a
eleição brasileira, o ex-integrante da
banda Pink Floyd virou alvo de polêmica durante passagem pelo
país. Em seus shows, ele exibiu no telão a hashtag #EleNão,
usado por críticos do então candidato (e atual presidente)
Jair Bolsonaro (PSL).
Ele também incluiu o Brasil em uma lista de países
ameaçados pelo fascismo, citando novamente Bolsonaro.
A lista incluía outros líderes mundiais, como o
presidente americano Donald Trump, o
premiê húngaro Viktor Orbán e a líder da direita
radical na França, Marine Le Pen.
Bolsonaro chegou a entrar
na Justiça com uma ação contra Fernando Haddad (PT), por suposto
abuso de poder econômico praticado nos shows de Waters,
mas o caso acabou arquivado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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