terça-feira, 14 de outubro de 2025

'Sionismo e fascismo querem calar críticos do genocídio palestino', diz Altman

Jornalista afirma que denúncia do MPF busca silenciar vozes críticas a Israel


'Sionismo e fascismo querem calar críticos do genocídio palestino', diz Altman (Foto: Brasil247)

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Redação Brasil 247

247 - O jornalista Breno Altman se manifestou neste domingo (12) após ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto crime de racismo contra judeus. Em publicação nas redes sociais, Altman relacionou a acusação a uma tentativa de silenciamento de críticos do genocídio do povo palestino cometido por Israel na Faixa de Gaza. A denúncia, formalizada no último dia 7 de outubro, foi motivada por uma notícia-crime apresentada pela Conib (Confederação Israelita do Brasil). 

Declaração de Breno Altman

Na postagem, Altman afirmou: “O Ministério Público Federal me denunciou, em 7 de outubro, por crime de antissemitismo e outros delitos, a partir de notícia-crime emitida pela Conib. Mais uma prova dos vínculos entre sionismo e fascismo, para calar vozes que se levantam contra o genocídio palestino".

O jornalista, que é judeu e crítico contundente do sionismo, sustenta que a denúncia não se trata de um debate jurídico, mas de uma tentativa de criminalizar posições políticas em defesa do povo palestino.

Contexto da denúncia

O Ministério Público Federal (MPF) acusa Altman de fazer publicações antissemitas em suas redes sociais. No entanto, tanto o jornalista quanto sua defesa afirmam que as críticas sempre foram direcionadas ao sionismo e aos dirigentes do Estado de Israel, não ao povo judeu.

A Polícia Federal já havia concluído anteriormente que as manifestações de Altman não configuraram crime, mas sim o exercício da liberdade de expressão. Mesmo assim, o procurador Maurício Fabretti decidiu prosseguir com a denúncia. 

"Vergonha institucional"

O advogado Pedro Serrano, que representa o jornalista, classificou a denúncia como um ataque à democracia e um grave precedente institucional. Segundo o jurista, a denúncia do MPF é uma "vergonha institucional" e um "ato de racismo travestido de persecução penal".

Para Serrano, a acusação tenta criminalizar opiniões políticas e transformar a Justiça em instrumento de censura: “Ao pretender criminalizar as críticas ao governo de Israel e a solidariedade de Breno Altman ao povo palestino, o procurador transforma o direito penal em instrumento de censura política e de repressão ideológica, em afronta direta à Constituição e ao Estado Democrático de Direito".

EM TEMPO: Convém lembrar que Altman é judeu. 

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