segunda-feira, 16 de junho de 2025

Ex-embaixador britânico alerta: Israel pode forjar "incidente de falsa bandeira" para arrastar EUA a conflito com Irã

O ex-diplomata Peter Ford defendeu uma "ação sensata" da comunidade internacional

16 de junho de 2025



Benjamin Netanyahu e Donald Trump na Casa Branca (Foto: REUTERS/Kevin Mohatt)

Por Leonardo Lucena

247 - O ex-embaixador do Reino Unido na Síria, Peter Ford, expressou preocupação de que Israel possa encenar um "incidente de falsa bandeira" para forçar os Estados Unidos a entrarem diretamente no conflito com o Irã.

Dois oficiais israelenses disseram ao portal Axios nesse domingo (14) que Israel passou dois dias pressionando os EUA a se juntarem ao confronto. Um deles afirmou que Washington "pode intervir se necessário", e que Trump teria dito isso diretamente ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em conversa recente.

"Temo que em breve vejamos um incidente forjado por Israel para obrigar a intervenção americana", declarou Ford.

Críticas à política internacional

O ex-diplomata defendeu que a "ação sensata" da comunidade internacional seria:

·         Evitar interferência direta

·         Permitir que Israel "sofra as consequências" pelo erro de atacar o Irã

"Essa talvez seja a inclinação de Trump. Seu histórico, porém, não nos faz crer que ele resistirá por muito tempo ao lobby israelense nos EUA", acrescentou.

Sobre o impacto do conflito no Oriente Médio, Ford foi categórico:"Não há um processo de paz significativo na região há vinte anos. O melhor desfecho seria a humilhação de Netanyahu – sua queda poderia abrir novas perspectivas de paz."

Ataques e retaliações

Na madrugada de sexta-feira (13), as Forças de Defesa de Israel (IDF) lançaram a Operação Leão Alçando Voo, atacando:

·         Alvos militares iranianos

·         Instalações nucleares (incluindo Natanz e Fordow)

·         Comandantes do IRGC e cientistas nucleares

O aiatolá Ali Khamenei classificou os ataques como "crime" e prometeu a Israel um "destino amargo e terrível". O Irã retaliou com a Operação Promessa Verdadeira 3, atingindo bases militares israelenses (com Sputnik).

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