Presidente russo reagiu ao discurso em que o homólogo francês declarou que Moscou seria uma "ameaça" à Europa
06 de março de 2025
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Vladimir Putin (Foto: Reuters) |
247 - O presidente russo,
Vladimir Putin, lembrou nesta quinta-feira (6) ao seu homólogo francês,
Emmanuel Macron, como terminou a campanha de Napoleão Bonaparte contra Moscou
em 1812, em resposta às declarações do líder francês sobre a Rússia.
Na quarta-feira (6), Macron afirmou
que a Rússia se tornou uma "ameaça" para a França e para a Europa, e,
por isso, era necessário abrir uma discussão sobre o uso das armas nucleares da
França para defender toda a União Europeia.
"Houve uma conversa sobre
Smolensk e o museu da época da invasão napoleônica. Alguns ainda desejam
retornar àqueles dias, esquecendo como isso terminou", declarou Putin
durante uma reunião com membros da Fundação Defensores da Pátria, em Moscou.
Ele destacou que a França falhou em
conquistar a Rússia no passado e falharia novamente, atribuindo isso à
resiliência dos soldados russos. "Com jovens como seu filho, seus amigos e
camaradas, conquistar a Rússia é impossível", disse Putin à mãe de um militar
russo que luta na Ucrânia.
O presidente russo acrescentou que os
adversários da Rússia sempre cometeram o mesmo erro: subestimar o caráter do
povo russo — incluindo todos os grupos étnicos do país, que compartilham um
elemento fundamental que os une.
A Rússia precisa de uma versão de paz
na Ucrânia que garanta seu desenvolvimento estável, declarou Putin.
"Devemos escolher para nós uma versão de paz [na Ucrânia] que nos convém e
que garanta a paz para o nosso país em uma perspectiva histórica de longo prazo.
Não precisamos de nada estrangeiro, mas não abriremos mão do que é nosso. E
precisamos de uma opção que assegure o desenvolvimento estável do nosso país em
condições de paz e segurança", afirmou.
Em seu discurso, Macron acrescentou que a suposta
ameaça da Rússia se manifesta no ar, nas redes sociais e no ciberespaço. Ele
também alertou que a Rússia "continua a se rearmar". O presidente
ainda destacou que a França reunirá os comandantes-chefes dos exércitos da
União Europeia na próxima semana para discutir uma operação de paz na Ucrânia.
(Com agências).
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