Washington Quaquá (Foto: Reprodução / TV 247) |
Em entrevista à TV
247, o prefeito de Maricá explicou por que defende a inocência dos irmãos
Brazão no caso Marielle: “não há nenhuma prova no processo”
Por Marcelo Macedo Soares, da Agenda
do Poder – Sempre polêmico e sem papas na língua, o
prefeito de Maricá e vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, voltou
a defender os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos acusados de serem os
mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. O petista criticou
parte da esquerda, que, segundo ele, está “passando a mão na cabeça da família
Bolsonaro” e também a atuação da Polícia Federal no caso.
“Estamos vivendo tempos de
pragmatismo e lacração. Pra mim, que sou fundador do PT, que saí de uma favela
aos 14 anos pra fundar o PT, seria muito mais cômodo ficar quieto. Política não
é carreira, política é convicção. Recebi a família do Brazão. Quem pediu para
tirar a foto fui eu, disse que ia postar justamente para criar essa discussão
sobre a inocência deles”, afirmou Quaquá, em entrevista à TV 247 na tarde desta
sexta-feira (10).
Quaquá disse que quando os irmãos
Brazão foram presos, ele não acreditava que eles eram culpados, mas que, depois
de ler o processo, passou a ter certeza de que Domingos e Chiquinho Brazão não
mandaram matar Marielle Franco.
“O miliciano Girão (Cristiano, ex-vereador
do Rio) ficou durante 18 horas numa churrascaria da Zona Oeste do Rio. Ele era
sócio do Ronnie Lessa. Ele forjou uma reunião com um empresário de são Paulo,
forjou uma consulta com um médico do Rio de Janeiro em cima da hora, isso está
provado no inquérito da polícia. Um dia depois do assassinato, o Ronnie Lessa
ligou para a casa do Bolsonaro e pediu para entrar e fazer uma reunião com o
Carluxo (Carlos Bolsonaro). Ronnie Lessa é amigo do Bolsonaro, amigo do
Carluxo. O Domingos Brazão não tinha problemas com a Marielle. Quem tem amor à
memória de Marielle deveria querer que o verdadeiro mandante pagasse por isso.
Estão passando a mão na cabeça da família Bolsonaro e do vagabundo do Ronnie
Lessa”, disse Quaquá.
As reações à sua fala
O prefeito de Maricá também comentou
as reações após sua postagem com a família de Domingos Brazão, principalmente
da irmã de Marielle, a ministra Anielle Franco, e da presidente nacional do PT,
Gleisi Hoffmann. Sobre a primeira-dama Janja, que também se manifestou, Quaquá
disse que não iria comentar por respeito e amor ao presidente Lula.
“Sobre a esposa do presidente eu não
comento porque eu amo o Lula, e em respeito a ele, eu não falo sobre ela. Da
Gleisi não poderia se esperar outra coisa. É a maneira dela de fazer política,
que eu não concordo e já falei pra ela. E a Anielle eu não sei quem é. Conheci
depois que a irmã foi brutalmente assassinada”, observou.
Sobre as críticas que vem recebendo
de integrantes da esquerda, Quaquá disse que não está se importando e que vao
continuar defendendo o que acredita.
“A esquerda brasileira quer me esculhambar porque
eu defendo os irmãos Brazão. Chiquinho é uma dama e o Domingos é uma das
maiores cabeças políticas do Rio de Janeiro. Essa atitude de esculhambar as
pessoas dessa esquerda de classe média brasileira é a mesma do fascismo do
bolsonarismo. A realidade e a verdade são os critérios da ciência, da vida e da
política. Tô cagando pra eles, vou defender o que acredito, vou defender a
verdade. Mude do PT quem quiser. Entrei no PT com 14 anos de idade, favelado, e
nunca vou sair do PT. Todos que falaram entraram no PT depois de mim. Vou
frustrar aqueles poucos que querem que eu saia do PT. Eu não vou sair”,
garantiu Quaquá. Assista:
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