Guilherme Boulos e Ricardo Nunes (Foto: Brasil 247/Wikimedia) |
Atual prefeito
chega em primeiro, seguido de perto pelo candidato do PSOL
06 de outubro de 2024. Atualizado às s.
Agência Brasil - Os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) vão disputar o segundo turno das eleições em São Paulo. Nunes teve 29,49% dos votos válidos e Boulos, teve 29,06%. O terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), alcançou 28,14% dos votos. Até agora, foram apurados 99,52% das urnas.
Ricardo Nunes
Assumiu o protagonismo político na
cidade de São Paulo ao assumir a cadeira de prefeito após a morte de Bruno
Covas (PSDB), que faleceu em 2021, vítima de câncer. O candidato do MDB, antes
de ser prefeito, foi vereador entre 2013 e 2020, tendo sido apadrinhado nesta
campanha pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e, de modo mais
discreto, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Empresário, tornou-se bem sucedido no
ramo de controle de pragas, com uma empresa especializada no ramo da
desinfecção de navios nos portos do país. Foi fundador da Associação Brasileira
das Empresas de Tratamento Fitossanitário (Abrafit) e diretor da Associação
Empresarial da Região Sul de São Paulo (AESUL). Também foi presidente do
Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de São Paulo.
Como político na Câmara Municipal, se notabilizou ao presidir a comissão parlamentar de inquérito sobre sonegação de impostos, a CPI da Sonegação Tributária. Também ficou conhecido por defender a anistia a templos religiosos e defender pautas conservadoras. É filiado ao MDB desde os 18 anos. Foi alçado a vice de Bruno de Covas quando o adversário, e derrotado, destas eleições José Luiz Datena desistiu do pleito.
Nunes tem sua base eleitoral na zona
sul, na região do Grajaú. Seu vice é o ex-coronel da reserva da polícia militar
e ex-presidente da Ceagesp, Ricardo de Mello Araújo, indicado pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro.
Com 56 anos, é casado e tem três
filhos. Na campanha de 2020 e nesta também teve que defender-se das acusações
de ter violência doméstica contra a companheira Regina Carnovale, em 2011. A
esposa teria feito um boletim de ocorrência sobre ameaças e injúria. Nunes
chegou a alegar que o documento era falso, mas a Secretaria de Segurança
Pública confirmou a veracidade do documento.
Também esteve envolvido em acusações de favorecimento em contratos da prefeitura a amigos, teve que lidar com denúncias de participação do PCC em contratos de transporte público e de superfaturamento em licitações.
Guilherme Boulos
Pela segunda vez, Guilherme Boulos,
do PSOL, participa de um segundo turno na disputa pela cadeira de prefeito de
São Paulo. O atual deputado federal liderou a maioria das pesquisas de sondagem
de voto durante toda a campanha, mas sempre com margens apertadas para os
demais candidatos, principalmente Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB).
Professor, psicanalista, escritor e ativista dos direitos à moradia, Boulos é a esperança da esquerda retomar o comando da principal cidade do país, considerada estratégica para as próximas eleições presidenciais em 2026. Tem a ex-prefeita de São Paulo, ex-deputada e ex-ministra Marta Suplicy como vice e o apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Com 42 anos, o candidato socialista
iniciou sua trajetória política como militante do movimento por moradia, sendo
um dos principais dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
Foi preso em função de seu ativismo, processado várias vezes, mas nunca chegou
a ser condenado.
Chegou a candidatar-se a presidente do país em 2018 pelo PSOL, numa coligação com o PCB e o movimento indígena. Na época, sua vice foi a atual ministra Sonia Guajajara, atual ministra dos Povos Indígenas. A chapa teve 617.122 votos, ficando em no modesto décimo lugar no primeiro turno. Em 2020 chegou a disputar o segundo turno das eleições, mas foi derrotado pelo então prefeito Bruno Covas, que faleceu em 2021. À época, o vice Ricardo Nunes assumiu o comando da prefeitura da capital.
Em 2022, o candidato do PSOL foi o primeiro mais votado em São Paulo e segundo mais votado do país na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados, com cerca de 1.001.453 votos. Na véspera da eleição denunciou a publicação de um falso laudo médico por parte da campanha de Pablo Marçal, acusando-o de depressão pelo uso de drogas. Por causa disso, Marçal teve suas redes sociais suspensas pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Casado com Natalia Szermeta, tem duas filhas. É
filho de um casal de médicos e neto de libaneses.
EM TEMPO: Força camarada Boulos. Rumo a vitória.
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