(Foto: Brasil247) |
Horta alerta para o
crescimento da extrema-direita nas capitais brasileiras e a falta de conexão
entre o governo Lula e os candidatos do PT nas eleições
10 de outubro de 2024
247 - Em recente
participação na TV 247, o historiador Fernando Horta levantou preocupações
sobre a atual conjuntura política brasileira, destacando uma alarmante
desconexão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores
(PT). Segundo ele, essa dissociação está permitindo que a extrema-direita ganhe
força em diversas capitais do país. "O governo Lula parece não ter
partido. Ele é como se fosse uma entidade que paira sobre a sociedade",
afirmou, pontuando a dificuldade que a base petista enfrenta em transferir
votos para seus candidatos.
Horta ressaltou a existência de três
campos políticos distintos nas capitais brasileiras, refletidos pelos altos
índices de abstenção e pela falta de figuras "disruptivas" que possam
mobilizar o eleitorado progressista. Ele cita como exemplo Porto Alegre, onde a
abstenção foi de 31%, um número expressivo que se iguala à votação de Marçal,
um dos candidatos. "Sem uma figura disruptiva, esses eleitores se
abstêm", avaliou.
A análise aponta que o bolsonarismo,
ainda que enfraquecido, está tentando se consolidar como uma força política
permanente, algo que o governo Lula não pode ignorar. "Não adianta o
governo olhar para outro lado e fingir que nada está acontecendo", criticou.
Segundo ele, a ascensão de figuras como Marçal, que conquistou um percentual de
votos próximo ao de Guilherme Boulos em São Paulo, demonstra que "a
percepção do fascismo no Brasil é consistente".
A crise do PT no Nordeste e o avanço da direita
O historiador ainda sublinhou um
ponto que considera preocupante: o declínio de apoio ao PT em regiões onde o
partido sempre teve forte presença, como o Nordeste. Ele relembra que essa
região foi decisiva para a eleição de Lula em 2022, mas agora, segundo ele,
"o partido está perdendo espaço e seus cardeais não conseguem mais
votos". Ele frisou que a dissociação entre Lula e o PT é particularmente
evidente quando se observa o cenário eleitoral em São Paulo. "O Boulos é
quem está concorrendo, e não o PT diretamente, o que mostra um problema grave
de engajamento com o eleitorado tradicional do partido."
O crescimento da extrema-direita e o futuro político do Brasil
Outro ponto que o historiador
destacou foi o surgimento de novos candidatos de extrema-direita em todo o
Brasil, comparando o crescimento desses nomes ao de novas lideranças
progressistas. "O cenário para os próximos quatro, cinco anos é
assustador", afirmou, alertando que o avanço da direita está se desenhando
enquanto a esquerda permanece "marcando passo". Para ele, é
fundamental que a esquerda volte a se comunicar com as bases e entenda essa
nova realidade política para evitar um retrocesso ainda maior.
Em sua análise final, Fernando Horta
comemorou as passagens de Boulos e Maria do Rosário para os segundos turnos em
São Paulo e Rio Grande do Sul, respectivamente, mas alertou para os desafios
que esses candidatos ainda enfrentarão. "O que nos preocupa é a
incapacidade de transformar ações do governo federal, como o investimento de R$
9 bilhões para a recomposição no Rio Grande do Sul após as enchentes, em ganhos
políticos concretos."
Reflexões sobre o futuro político do país
O historiador concluiu que é preciso
repensar as estratégias do governo e do PT para reconectar o partido com a base
popular e os movimentos sociais, e evitar que a extrema-direita se solidifique
ainda mais como uma força política relevante no país. "Estamos com um
governo que não está conseguindo se fazer perceber como um governo de um
partido, e isso é preocupante. Enquanto a direita cresce, a esquerda fica
estagnada."
A análise evidencia uma preocupação
latente: o futuro do PT e a capacidade do governo Lula de se manter conectado
com seus eleitores e enfrentar o crescimento da extrema-direita, que, segundo
ele, "só aumenta enquanto a esquerda tenta reencontrar seu caminho".
Assista:
https://www.youtube.com/watch?v=YVJLBnXIsA4
EM TEMPO: Assim como o nobre historiador Fernando Horta, considerável parcela da Esquerda e dos intelectuais brasileiros sejam marxistas ou sociais democratas, não querem admitir que a maioria da população brasileira é de Direita. Porém, existe uma Direita mais acessível, ou seja, democrática, que de vez em quando se move para a Centro Esquerda, campo no qual o presidente Lula sabe trabalhar muito bem sem ser cientista político formado na academia, mas nas lutas populares. LEMBRETE: Numa sociedade burguesa a população é bombardeada diariamente pela ideologia das Classes Dominantes. Hoje, com o advento da internet essa influência diária se faz com muita rapidez. Fazem parte dessa ferramenta ideológica dominante: as fake news, as falsas informações, o ódio, as confusões geradas diariamente nas ruas e no Congresso, os ataques a Suprema Corte, as igrejas pentecostais, o BBB, alguns estilos de música, atividades alienantes, algumas novelas, alguns programas de TV, dentre outros. O caso do PT é problemático, porquê o PT não soube administrar suas alianças políticas com à Direita ou Centro-Direita, preferindo se entregar, a exemplo de Pernambuco, ao PSB, prejudicando enormemente o avanço da Esquerda Autêntica. Cabe ao governo federal aplicar uma política que busque aprimorar culturalmente a população brasileira. Veja que a Direita Fascista tem o projeto das Escolas Cívico Militares para doutrinarem a juventude. OK. Moçada!
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