Desinfecção da água para consumo humano é principal orientação
Pessoas são resgatadas de enchentes em Canoas, no Rio Grande do Sul 05/05/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Agência Brasil - A Associação
Brasileira de Medicina de Emergência publicou uma série de recomendações para
se evitar doenças e dar mais segurança às vítimas das enchentes no Rio Grande
do Sul. A proposta é ajudar a prevenir o adoecimento da população em meio ao
período de calamidade pública tendo como base a prática de especialistas que
atendem em pronto-socorros e pronto-atendimentos.
A entidade alerta que tragédias de
grandes proporções têm impactos significativos sobre a saúde da população e
sobre a infraestrutura dos serviços de saúde. Após inundações, por exemplo, é
possível que haja registro de casos de doenças como leptospirose, hepatite A e
tétano acidental, além de problemas respiratórios e transtornos transmitidos
por vetores.
Há ainda risco de acidentes
provocados por animais, afogamentos, traumatismos e choques elétricos, comuns
em cenários como o registrado ao longo dos últimos dias no Rio Grande do Sul.
Uma das principais orientações está
relacionada a ações preventivas de desinfecção da água para consumo humano. De
acordo com a associação, nos locais em que a rede de abastecimento estiver
comprometida, é indispensável que a população consuma água de fontes seguras,
como garrafas e galões lacrados.
“Na impossibilidade de consumir água mineral,
é necessário realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para
tanto, é possível aplicar a seguinte fórmula: a cada um litro de água, utilizar
duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura
repousar depois por 30 minutos.
Outras recomendações de especialistas
em medicina de emergência são:
- Em caso de chuva forte, saia de
locais de risco o mais rápido possível. Além do risco imediato nas inundações,
há ainda riscos tardios, relacionados à leptospirose, ao tétano e a outras
infecções.
- Pessoas atingidas por enchentes
estão mais suscetíveis a adoecer. Fique atento a sintomas de doenças
infecciosas, como diarréia, febre, fadiga e dores no corpo. Caso verifique
alguma alteração, procure atendimento médico.
- Ao enfrentar uma inundação, se
possível, proteja-se com botas plásticas, roupas resistentes e luvas. Se
necessário, não hesite em pedir ajuda a órgãos públicos e não se coloque em situações
de risco.
- Em caso de resgate por barco,
sinalize o lugar no qual você se encontra pendurando um pano vermelho ou uma
lanterna no local para auxiliar a identificação por parte da equipe de resgate.
- Atendimentos em emergência serão
mais intensos nesta fase. Por isso, procure os serviços com consciência.
- Caso sua caderneta de vacinação
esteja desatualizada, vacine-se o mais rápido possível. A orientação vale para
crianças e adultos.
- Observe, a todo tempo, as recomendações das
autoridades sanitárias e da defesa civil, evitando o pânico ou iniciativas
individuais.
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