19 de janeiro de 2024
“RNEST vai gerar 30 mil empregos, faturar US$ 100
bilhões por ano e refinar 260 mil barris de petróleo por dia. Isso é o que
importa”, escreve Aquiles Lins (Colunista do Brasil 247)
Raquel Lyra, Lula e Jean Paul Prates (Foto: Ricardo Stuckert)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta
quinta-feira (18) a retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em
Ipojuca. Ao lado do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, da governadora
de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e de ministros e políticos aliados, Lula
defendeu a importância da obra para a soberania energética do país e criticou a
perseguição política executada pela Lava Jato contra ele e os interesses
nacionais.
A Refinaria Abreu e Lima será a mais moderna do
país. Em pleno funcionamento, terá faturamento de US$ 100 bilhões por ano,
segundo o presidente. Além disso, serão criados 30 mil postos de trabalho
diretos e indiretos com a ampliação da refinaria. Quando as obras estiverem
concluídas, em 2028, a RNEST aumentará sua capacidade para processar 260 mil
barris de petróleo por dia.
A obra de ampliação da Refinaria Abreu e Lima é uma
pequena revolução na geração de energia do país, depois de seis anos de
desmonte, privatizações e esquartejamento da capacidade de produção pela
Petrobrás, provocados pelo golpe de 2016. Qualquer ser humano com o mínimo de
racionalidade e compreensão da importância da geração própria de energia para
um país estaria celebrando a retomada da ampliação da RNEST. Afinal, serão mais
de 13 milhões de litros de Diesel S10 adicionados à produção diária nacional,
quando estiver com sua capacidade máxima instalada. Significa que o país
deixará de importar 13 milhões de litros de diesel por dia, seja dos Estados
Unidos, da Rússia ou de quem que seja.
Apesar de todos esses números, o que o leitor brasileiro leu e assistiu nas manchetes da mídia corporativa foi um festival de viralatismo, choradeira, má fé e generosas pitadas de desinformação. O jornal O Estado de S. Paulo (sempre ele) escreveu editorial nesta sexta-feira (19) protestando contra a retomada das obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima. Abertamente em defesa de um Brasil colônia, o jornal conservador afirma que “o Brasil que está de volta é o Brasil que jamais deveria ter voltado". Vê se pode?! Na CNN, o telespectador assistiu ao jornalista William Waack, que já protagonizou cena racista, dizer que Lula “volta ao lugar símbolo de um crime”.
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Um outro, da Veja, de nome Ricardo Rangel, teve a desfaçatez de dizer que a ida
de Lula a Pernambuco, acima de tudo seu estado natal, era “um erro”. O enredo é
o de sempre: restos mortais de narrativas da Lava Jato, massificados pelos
mesmos veículos da mídia corporativa. Ninguém destes veículos que ainda formam
boa parte da opinião da população se importa com a soberania do país, com a
importância da autossuficiência na produção de diesel, que será alcançada com a
Refinaria Abreu e Lima. Esta mídia lavajatista nunca escondeu que quer um
Brasil eternamente dependente do exterior. Um Brasil que exporta comida e
petróleo cru, enquanto compra gasolina e produtos de valor agregado.
Para esta mídia corporativa brasileira, digo o
seguinte: chorem! Porque vai ter, sim, Brasil com maior capacidade de refino de
petróleo. Vai ter, sim, produção com alto valor agregado em Pernambuco, no
Nordeste. Enquanto esses cães midiáticos ladram, a caravana do desenvolvimento
está passando. Viva a ampliação da RNEST.
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