Bandeira de Israel (Foto: Reuters/Lisi Niesner) |
22 de outubro de 2023
Até mesmo materiais como camisetas com slogans de paz são confiscados
247 - Muitos israelenses
críticos ao regime de Benjamin Netanyahu vivem uma atmosfera de medo e
restrição à liberdade de expressão, conforme relato de ativistas locais.
Diversos cidadãos, tanto judeus quanto árabes, têm sido detidos, desligados de
seus empregos e até sofrido agressões, após manifestarem sentimentos que são
interpretados por algumas autoridades como sendo pró-Hamas, informa o The Guardian.
Recentemente, um
episódio envolvendo dois ativistas do movimento judeu-árabe "Standing
Together" exemplificou essa situação. Eles foram detidos após exibirem
cartazes com a frase "Judeus e árabes, superaremos isso juntos",
considerada ofensiva pela polícia. Além dos cartazes, materiais como camisetas
com slogans de paz foram confiscados.
A repressão
aumentou após o ataque do Hamas em 7 de outubro, matando mais de 1.400 pessoas.
Israel retaliou com ataques aéreos mortais em Gaza, matando mais de 4.700
pessoas. Desde então, demonstrações de simpatia ou compreensão à situação das
crianças palestinas em Gaza e pedidos de paz tornaram-se alvo de suspeitas.
Uma das
consequências dessa atmosfera foi a suspensão de Abed Samara, diretor de uma
unidade de terapia intensiva cardíaca em um hospital de Petah Tikva, após 15
anos de serviço. A razão? Uma foto de perfil nas redes sociais que retrata uma
pomba com um galho de oliveira e uma bandeira verde com a declaração muçulmana
de fé. Mesmo tendo sido postada antes do ataque do Hamas, a imagem foi
interpretada como uma manifestação de apoio ao grupo.
Este cenário de
restrição é impulsionado, em grande parte, pelo governo do primeiro-ministro
Benjamin Netanyahu. Desde o mencionado ataque, a polícia tem atuado com ampla
autonomia para definir o que é considerado apoio ao terrorismo, sem a
necessidade de consultar promotores estaduais. Para Michael Sfard, advogado de
direitos humanos, isso representa uma erosão significativa na proteção legal da
liberdade de expressão.
O chefe da polícia
de Israel, Yaakov Shabtai, foi enfático ao dizer: “Qualquer um que queira se
identificar com Gaza é bem-vindo. Colocarei eles em ônibus que estão indo para
lá agora e ajudarei a chegar lá.”
A repressão também
chegou ao meio acadêmico. Conforme instruções do procurador-geral,
universidades e faculdades estão sendo orientadas a relatar à polícia casos de
estudantes que manifestam "apoio ao terrorismo". O resultado disso é
uma série de convocações e suspensões. De acordo com o grupo de direitos legais
Adalah, cerca de 50 estudantes palestinos foram recentemente chamados para
responder em comitês disciplinares sobre suas postagens em redes sociais, com
alguns sendo suspensos de seus cursos.
EM TEMPO: Daí a importância de politização da população e de não elegermos políticos de extrema-direita para exercerem cargos de comando das nações. A exemplo de: Netanyahu (Israel); Bozo (Brasil); Zelensky (Ucrânia); Milei (Argentina); dentre outros. As manifestações de rua, as quais ocorrem em diversos países, inclusive em Israel, são de fundamental importância para barrar o terrorismo tanto do Hamas, como também do Estado de Israel com apoio da Casa Branca. Convém lembrar que o Hamas é cria de Netanyahu. É só conhecer um pouco da história. Ok, Moçada!
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