quinta-feira, 20 de julho de 2023

Gleisi reage às negociações secretas de Dallagnol com os EUA e diz que Moro sabia: "tudo era acertado com o russo"


Novas mensagens revelam que o então procurador conduziu negociações secretas para definir a divisão dos valores que seriam cobrados da Petrobrás em multas e penalidades

20 de julho de 2023

 

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para afirmar que as novas mensagens da Operação Spoofing que revelaram as negociações secretas entre o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol com autoridades dos Estados Unidos para dividir o dinheiro arrecadado com multas e penalidades impostas à Petrobrás comprovam “mais um dos desmandos da Lava Jato”

 “Mais áudios da Operação Spoofing revelam que o cassado Deltan Dallagnol negociou em sigilo com os EUA acordo pra dividir o dinheiro cobrado da Petrobrás em multas e penalidades. É mais um dos desmandos da Lava Jato, que feriu o Estado de Direito e a democracia brasileira com o ex-juiz parcial no comando. E é claro que ele sabia desse acordão pois como já vimos tudo era acertado com o russo. Quem bajulou Moro e cia, contribuindo com o bolsonarismo, devia estar agora com muita vergonha”, postou Gleisi no Twitter. A postagem faz referência ao ex-juiz suspeito e atualmente senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que na época era o magistrado titular da 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. 

O caso foi revelado nesta quinta-feira (20) por meio de uma reportagem dos jornalistas Jamil Chade, do UOL, e Leandro Demori, que aponta que por mais de três anos Dallagnol, conduziu negociações secretas com as autoridades dos Estados Unidos para estabelecer um acordo sobre a divisão dos valores que seriam cobrados da Petrobrás em multas e penalidades decorrentes de casos de corrupção,. As tratativas, porém, não contaram com a participação da CGU (Controladoria-Geral da União), órgão competente por lei para tais questões. 

Lava Jato: Dallagnol negociou em sigilo com os Estados Unidos divisão de dinheiro cobrado da Petrobrás

As conversas ocorreram por meio do aplicativo Telegram e não foram oficialmente registradas, envolvendo procuradores suíços e brasileiros. Tais interações foram motivadas pelo papel das autoridades de Berna na busca, confisco e detalhamento das contas utilizadas como destino para as propinas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato. No entanto, ambos os lados consideraram estratégico envolver também a Justiça dos Estados Unidos, que estava conduzindo sua própria investigação sobre o caso.

Os diálogos foram apreendidos pela Polícia Federal durante a operação Spoofing, uma investigação relacionada ao hackeamento de procuradores e de Moro, no caso amplamente conhecido como Vaza Jato.Descrição: .

Também pelo Twitter, Dallagnol se pronunciou, alegando que "negociações de acordos sempre foram tratadas de modo confidencial por várias razões de interesse público, que incluíam preservar os interesses da investigação e da recuperação de ativos, assim como promover, na forma e tempo apropriado de acordo com a lei das sociedades anônimas, a divulgação de informações ao mercado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário