quarta-feira, 3 de maio de 2023

Segurança de Jair Bolsonaro preso pela PF em operação contra dados falsos de vacina é ex-sargento do Bope


Max Guilherme é um dos seis presos na Operação Venire, contra dados falsos de vacina.

Por Rafael Nascimento, g1 Rio

03/05/2023

PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid

O policial militar Max Guilherme Machado de Moura, segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos seis presos pela Polícia Federal (PF) na Operação Venire, nesta quarta-feira (3), é ex-sargento do Bope, a tropa de elite da PM fluminense. Também foram presos o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.


Max Guilherme e Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta, e agentes apreenderam o celular dele e o da ex-primeira-dama Michelle. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito das “milícias digitais”.

Max Guilherme trabalha com Bolsonaro há quase 10 anos e estava sempre ao lado do presidente, tanto nas conversas no cercadinho em frente ao Planalto, quanto em viagens oficiais. O assessor acompanhou o presidente na última vez em que ele ficou internado e estava na segurança de Bolsonaro no episódio da facada em Juiz de Fora.

A corporação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

"Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid", diz a Polícia Federal.

A TV Globo e a GloboNews apuraram que teriam sido forjados os certificados de vacinação:

·         do hoje ex-presidente Jair Bolsonaro;

·         da filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos;

·         do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.

Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. Além de Max, de Cid e de Brecha, também foi preso o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro.

Segundo a PF, as condutas investigadas podem configurar, em tese, crimes como:

·         infração de medida sanitária preventiva;

·         associação criminosa;

·         inserção de dados falsos em sistemas de informação;

·         corrupção de menores.

Investigação

A inclusão dos dados falsos aconteceu entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.

A Polícia Federal afirma que o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19".

EM TEMPO: É isso aí Bozo e Bolsominios: "um dia é do caçador, outro é da caça". Ok, Moçada!

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