Sergio Moro (Foto: Reprodução/Twitter) |
Nos últimos anos, a
imagem de “paladino contra a corrupção” de Moro, inventada pela imprensa
corporativa, foi totalmente desmoralizada
4 de março de 2023
247 — Ex-ministro da
Justiça do governo Jair Bolsonaro, e ex-juiz da Lava Jato que prendeu Luiz
Inácio Lula da Silva ilegalmente em 2018, o senador Sérgio Moro (União Brasil)
se calou sobre a propina recebida pelo seu ex-chefe no governo federal. Por
isso, ele foi questionado nas redes sociais.
O perfil da Agência
Sportlight, por exemplo, escreveu:
“Gostaria muito de
perguntar a Sergio Moro: 1 - Um presente de R$ 16 milhões é ato determinado ou
indeterminado de corrupção de um presidente? 2 - Quantos pedalinhos cabem em R$
16 milhões? 3 - Como se sente tendo sido fiel escudeiro de quem guarda R$ 16
milhões na cueca?”
Nos últimos anos, principalmente após a denúncia dos crimes cometidos por ele, a imagem de “paladino contra a corrupção” de Moro, inventada pela imprensa corporativa, caiu totalmente por terra, desmoralizando o ex-juiz da Lava Jato — uma das maiores operações criminosas e de perseguição política da história do Brasil.
Em outubro, um
assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, tentou trazer
ilegalmente para o Brasil joias avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente
a R$ 16,5 milhões. O colar, anel, relógio e um par de brincos foram um presente
do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.
As joias foram
apreendidas por agentes da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São
Paulo, uma vez que é obrigação declarar ao órgão qualquer bem que entre no
Brasil que passe de US$ 1 mil. A apreensão ocorreu no dia 26 de outubro de
2021.
Houve quatro
tentativas frustradas de reaver os produtos, envolvendo três ministérios (Economia,
Minas e Energia e Relações Exteriores) e militares. No dia 28 de dezembro de
2022, o próprio Bolsonaro enviou um ofício ao gabinete da Receita Federal para
solicitar que os bens fossem destinados à Presidência da República.
O Ministério da
Justiça, comandado por Flávio Dino, determinará na segunda-feira a abertura de
inquérito para investigar Jair e Michelle Bolsonaro pelos crimes de corrupção,
contrabando e lavagem de dinheiro no caso das joias de R$ 16,5 milhões
recebidas ilegalmente da monarquia saudita, que tem negócios no Brasil.
EM TEMPO: Além de propina, não cai bem a ex-primeira dama ter recebido um presente milionário do Rei da Arábia Saudita, conhecido como misógino, conquistador, além de ditador sanguinário. O certo seria ter recusado. É verdade que há troca de gentilezas nesses encontros, mas são presentes simbólicos a exemplo de trabalhos artesanais, etc.
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