sábado, 4 de março de 2023

Moro se cala sobre propina de Bolsonaro e é questionado nas redes

 

Sergio Moro (Foto: Reprodução/Twitter)


Nos últimos anos, a imagem de “paladino contra a corrupção” de Moro, inventada pela imprensa corporativa, foi totalmente desmoralizada

4 de março de 2023


247 — Ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, e ex-juiz da Lava Jato que prendeu Luiz Inácio Lula da Silva ilegalmente em 2018, o senador Sérgio Moro (União Brasil) se calou sobre a propina recebida pelo seu ex-chefe no governo federal. Por isso, ele foi questionado nas redes sociais.

O perfil da Agência Sportlight, por exemplo, escreveu:

“Gostaria muito de perguntar a Sergio Moro: 1 - Um presente de R$ 16 milhões é ato determinado ou indeterminado de corrupção de um presidente? 2 - Quantos pedalinhos cabem em R$ 16 milhões? 3 - Como se sente tendo sido fiel escudeiro de quem guarda R$ 16 milhões na cueca?”

Nos últimos anos, principalmente após a denúncia dos crimes cometidos por ele, a imagem de “paladino contra a corrupção” de Moro, inventada pela imprensa corporativa, caiu totalmente por terra, desmoralizando o ex-juiz da Lava Jato — uma das maiores operações criminosas e de perseguição política da história do Brasil.Descrição: .

Em outubro, um assessor do ex-ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia, tentou trazer ilegalmente para o Brasil joias avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente a R$ 16,5 milhões. O colar, anel, relógio e um par de brincos foram um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama.

As joias foram apreendidas por agentes da Receita Federal no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, uma vez que é obrigação declarar ao órgão qualquer bem que entre no Brasil que passe de US$ 1 mil. A apreensão ocorreu no dia 26 de outubro de 2021. 

Houve quatro tentativas frustradas de reaver os produtos, envolvendo três ministérios (Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores) e militares. No dia 28 de dezembro de 2022, o próprio Bolsonaro enviou um ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que os bens fossem destinados à Presidência da República.

O Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino, determinará na segunda-feira a abertura de inquérito para investigar Jair e Michelle Bolsonaro pelos crimes de corrupção, contrabando e lavagem de dinheiro no caso das joias de R$ 16,5 milhões recebidas ilegalmente da monarquia saudita, que tem negócios no Brasil.

EM TEMPO: Além de propina, não cai bem a ex-primeira dama ter recebido um presente milionário do Rei da Arábia Saudita, conhecido como misógino, conquistador, além de ditador sanguinário.  O certo seria ter recusado. É verdade que há troca de gentilezas nesses encontros, mas são presentes simbólicos a exemplo de trabalhos artesanais, etc.  

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