sexta-feira, 30 de setembro de 2022

“Volta da fome, legado de Bolsonaro”, estampa jornal francês Le Monde



RFI 

 

“Volta da fome, legado de Bolsonaro”, estampa jornal francês Le Monde© AP - Silvia Izquierdo

O jornal francês Le Monde publica nesta quinta-feira (29) uma reportagem especial sobre a volta da fome no Brasil, “um legado de Jair Bolsonaro”. A reportagem é ilustrada com imagens da pobreza em Duque de Caixas, no Rio de Janeiro.

O texto contextualiza os dados da pesquisa da rede Penssan, que revelou em junho que 33 milhões de brasileiros hoje passam fome, o dobro do índice de 2020. A piora do quadro é uma sequela da pandemia de coronavírus e da guerra da Ucrânia, observa Le Monde, mas também é uma consequência do abandono do governo federal.

Em entrevista ao jornal, um dos autores do estudo constata que o governo Bolsonaro “simplesmente acabou com as políticas de combate à fome”, ao desmantelar o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, enfraquecer programas alimentares e vetar até o reajuste do orçamento das cantinas escolares. Desta forma, em menos de quatro anos de governo, o país retrocedeu uma década no combate à fome.

Em Duque de Caxias, onde mães de família imploram por ajuda para comprar comida para os filhos, o jornal francês constatou que a preferência do eleitorado é pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no pleito deste domingo (2). O petista é descrito como “o único que se preocupa com os pobres”.

Incerteza nas eleições estaduais

Em outra reportagem sobre as eleições, o diário francês destaca que, se por um lado as pesquisas apontam que Lula deve vencer a eleição para presidente, na esfera estadual a partida não está ganha. A ampla coligação com nove partidos da qual o PT faz parte deve sair vencedora na maioria dos Estados brasileiros, em especial no nordeste. Mas o recuo do PT enquanto partido deve continuar, a exemplo de 2018.

As votações para a escolha dos governadores dos três principais estados do sudeste se anunciam apertadas, com vantagem apenas para Fernando Haddad, em São Paulo, ressalta Le Monde.

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