(Foto: Reprodução | ABR) |
Troca de mensagens pode trazer embaraços para o
PGR, que também é procurador-geral eleitoral
23 de agosto de 2022
247 - A Polícia
Federal (PF) apreendeu celulares que tinham uma troca de mensagens do
procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, com empresários bolsonaristas,
alvos de uma operação da PF,
nesta terça-feira (23), por terem defendido um golpe de Estado se
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar a eleição.
De acordo com
informações do site Jota, fontes da PF,
do Ministério Público Federal (MPF) e do Supremo Tribunal Federal (STF)
confirmaram a troca de mensagens entre empresários e o procurador, indicado por
Jair Bolsonaro (PL) para o cargo em 2019 sem que estivesse na lista tríplice do
MP. Aras também ficou irritado com a operação
policial desta terça.
"As mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas já viraram tema entre ministros do STF", informou o Jota.
Um dos amigos de
Aras é o empresário Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, citado nominalmente no
discurso de posse de Aras como procurador. “Não posso deixar de cumprimentar um
amigo de todas as horas neste momento em que vivenciamos. E faço uma homenagem
especial ao amigo Meyer Nigri, em nome de quem cumprimento toda a comunidade
judaica, que comemorou 5.780 anos nos últimos dias", disse Aras.
"Ficaria
difícil para mim nominar cada amigo. Então peço vênia para, em nome de Meyer
Nigri, cumprimentar a todos presentes, especialmente aos amigos da Bahia aos
quais não teria como nominar um a um e a todos os colegas e amigos aqui
presentes”.
De acordo com
assessores de Aras, o procurador não trocou informações sobre as diligências
policiais contra empresários bolsonaristas. E afirmam que as mensagens enviadas
por Aras a um dos empresários, agora alvo da investigação, são comentários
"superficiais".
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