Foto: TV Brasil |
ESTADÃO - Davi
Medeiros
© Fornecido por Estadão O presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu
embaixadores estrangeiros para disseminar dúvidas e informações inconsistentes
sobre as urnas eletrônicas.
A Transparência
Internacional endereçou a embaixadores, nesta terça-feira, 19,
um documento desmentindo afirmações do presidente Jair Bolsonaro (PL)
sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. A organização
afirma que o chefe do Executivo “insiste em mentiras” e alerta a comunidade
internacional sobre um “iminente risco de ruptura eleitoral” no País.
O documento, elaborado em parceria
com a agência de checagem de fatos Lupa, desmente declarações do presidente
sobre o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o Supremo
Tribunal Federal (STF) e supostas conclusões de inquéritos da
Polícia Federal sobre o sistema eletrônico de votação. Como
também mostrou o Estadão Verifica, as dúvidas lançadas por Bolsonaro
sobre a segurança das urnas já foram esclarecidas pela Justiça Eleitoral ou têm
como base informações inconsistentes.
A Transparência Internacional fez um
apelo para que a ação do presidente seja interpretada como grave, não como uma
“sandice”. A organização apontou uma suposta “deterioração do estado
democrático brasileiro” e afirmou que o evento de Bolsonaro com embaixadores
dissipa “qualquer dúvida sobre o grave processo de desestabilização em curso”
no País.
“Minimizar a conduta do presidente
como bravata irresponsável ou sandice é imprudente. A comunidade internacional
deve ter consciência da degradação democrática, iminente risco de ruptura
eleitoral e conflagração violenta no Brasil, com graves consequências à
estabilidade internacional”, diz o documento.
Na última segunda-feira, 18, o
presidente Bolsonaro se reuniu com embaixadores estrangeiros no Palácio da
Alvorada para disseminar informações já desmentidas sobre a lisura do processo
eleitoral brasileiro. O chefe do Executivo tem intensificado ataques ao sistema
de votação e tentado desacreditar os ministros da Corte eleitoral, insinuando
com frequência que eles agiriam para beneficiar seu principal adversário nas
urnas, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT).
EM TEMPO: Só Bozo é capaz do Brasil passar por esse vexame. É uma vergonha.
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