Brasil 247 – Alex Solnik.
"Se o propósito das manifestações foi dar uma
demonstração de força, o tiro saiu pela culatra", escreve Alex Solnik
sobre os atos convocados contra o STF
1 de maio de 2022
Bolsonaro achou que ia encher a Avenida Paulista para apoiá-lo no confronto com o STF, em defesa do deputado Daniel Silveira, um estranho modo de comemorar o Dia Internacional do Trabalho.
Errou no alvo.
No meio da tarde, havia menos gente na avenida que nos domingos tradicionais, quando é fechada para veículos. Do alto era possível avistar pequenas aglomerações em alguns pontos e grupos esparsos passeando.
Nem cartazes, nem bandeiras. Apenas camisetas amarelas. Em vista do fracasso de público, Bolsonaro nem deu as caras.
No Rio, alguns gatos pingados assistiram, na Zona
Sul, a um discurso patético do próprio deputado Daniel Silveira, que cometeu
mais um sincericídio: disse que estava armado. Conseguiu demonstrar, mais uma
vez, que sua condenação foi justa e outras podem vir.
Em Brasília, Bolsonaro passou em revista a claque
de sempre, em frente ao Congresso Nacional, não discursou, e partiu em
retirada.
Se o propósito das manifestações foi dar uma
demonstração de força, o tiro saiu pela culatra.
Foi uma demonstração de fraqueza.
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