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ISTO É - Fernando Lavieri
Na medicina
tradicional, denominada alopática, há um conceito bem conhecido a respeito do
risco/beneficio da utilização de medicamentos e terapias. Ou seja, quando o
médico indica um remédio para uma
simples dor de cabeça, essa análise já está implícita.
É melhor ingerir o
comprimido e a dor passar, mesmo correndo o risco de sofrer seus efeitos
colaterais, ou continuar sentindo que a cabeça vai explodir? Evidentemente,
toma-se o fármaco, se ele foi receitado pelo seu médico. No caso das vacinas contra
a Covid-19 é o mesmo processo.
Devemos nos
imunizar apesar de haver a chance de termos alguma debilidade após a aplicação
da injeção? Evidentemente que sim, até porque os imunizantes já foram avaliados
e aprovados pela Anvisa. Sempre é bom lembrar que o coronavírus já matou mais
de 620 mil pessoas no Brasil, o vírus é capaz de deixar graves sequelas, mesmo
em pessoas que não desenvolveram a forma mais grave da doença. Além de se ter
atenção as medidas não farmacológicas, não há nada que possa garantir mais
benefícios contra a Covid que as vacinas.
Por isso, não há o
que se questionar. As pessoas devem ser imunizadas, inclusive as crianças. O
vírus continua vigente e é perigoso. Não se deve dar ouvidos ao negacionismo bolsonarista, cair na conversa de tomar cloroquina ou qualquer
outro remédio indicado pelo presidente da República porque, além de não ter
efeito contra o Sars-Cov-2, o leitor pode ter, ai sim, efeitos indesejáveis no
corpo.
O bolsonarismo não
é confiável. Marcelo Queiroga, ministro
da Saúde, por exemplo, não se cansa de repetir as tolices de seu chefe, apesar
do lapso de sensatez que ele demonstrou ao anunciar a chegada de imunizantes
para as crianças na segunda-feira 10.
O mesmo Queiroga
deu pouca importância ao fato de o vírus já ter vitimado mais de 300 menores
durante a pandemia, e também não deu a mínima atenção ao aval da Anvisa para
que a imunização fosse colocada em prática. O ministro preferiu não
disponibilizar vacinas de forma imediata para a proteção dos pequenos.
Com todos os
malfeitos do governo federal, ficou claro que Bolsonaro e sua trupe, seja na administração ou fora, são
incompetentes e negacionistas científicos.
EM TEMPO: Bozo tem uma capacidade incrível de tornar as pessoas piores do que eram quando iniciaram a exercer algum cargo no governo. O médico cardiologista Marcelo Queiroga é um dos maiores exemplos, uma vez que é sabido que ele é um bom médico e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, entidade bastante conceituada no Brasil. Porém, hoje está em declínio mental e profissional, provocando os seus pares a o pressionarem, recentemente, resultando na sua saída da direção da entidade dos cardiologistas, ora presidida pelo médico paulista João Fernando Monteiro Ferreira, do InCor. Tudo isso é resultante da influência danosa do leigo e negacionista Bolsonaro. O Queiroga levou uma "lavagem cerebral" de Bozo e, hoje, é um médico irreconhecível pelos demais médicos não negacionistas.
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