Yahoo Notícias, Redação - Anita Efraim
qua., 11 de agosto de 2021
Processo de
auditoria das urnas eletrônicas é revisto todos os anos pela área técnica do
TSE (Foto: Getty Images)
· Urna eletrônica passa por processo de verificação de integridade e também de autenticidade no mesmo dia das votações eleitorais
· Processo de auditagem é revisto anualmente pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos Tribunais Regionais Eleitoriais
· Segundo o TSE, o processo de auditoria das urnas custa atualmente R$ 130 mil a cada turno
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e aliados
passaram a chamar o voto impresso de “voto auditável”, dando a entender que a
urna eletrônica não permite um processo de auditagem. No entanto, essa ideia
está errada: as urnas eletrônicas são auditáveis.
Nos dias de votação, as urnas
eletrônicas passam por auditorias de integridade e de autenticidade. O Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) explica que é feita uma amostragem, “para demonstrar
publicamente o funcionamento e a confiabilidade do equipamento”.
A auditoria das urnas, no modelo como
acontece hoje, custa R$ 130 mil. A cada ano, o processo é revisto todos os anos
pela área técnica do TSE e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
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“Além disso, as regras das auditorias
também são discutidas em audiências públicas realizadas sempre no ano anterior
ao da eleição ordinária”, explica o TSE. “Vale ressaltar que a Justiça
Eleitoral está sempre em busca das melhores atualizações dos processos e de
seus sistemas para dar maior transparência e segurança ao processo eleitoral.”
O processo de verificação da
segurança do equipamento é acompanhado e monitorado por uma série de pessoas,
como:
·
Representantes dos
partidos políticos
·
Ministério Público
·
Ordem dos Advogados
do Brasil
Além disso, de acordo com o TSE,
qualquer pessoa interessada pode acompanhar o processo. A fiscalização é feita
nos Tribunais Regionais Eleitorais.
Entenda como é
feita a auditoria da integridade urna eletrônica
Processo de
auditoria da urna é feito no mesmo dia que brasileiros votam, de forma paralela
(Foto: Nelson Almeida/AFP via Getty Images)
Enquanto a população está votando nas
sessões eleitorais, acontece uma votação paralela, com o objetivo de comprovar
que o voto digitado no aparelho é o mesmo que será contabilizado. Esse processo
existe desde 2002.
Um dia antes da eleição, a Justiça
Eleitoral faz uma cerimônia pública, na qual são sorteadas seções eleitorais
espalhadas pelo Brasil, onde as urnas passarão por auditorias. O número de
equipamentos varia de três a cinco, dependendo de quantas urnas o estado tiver.
Essas urnas escolhidas são retiradas
das seções eleitorais e são levadas aos TREs, em salas monitoradas por câmeras
de segurança. As urnas retiradas das seções são substituídas.
Quando a votação oficial começa, é
dado o início ao processo de auditoria. Representantes dos partidos políticos
preenchem cédulas impressas e esses votos são repassados para as urnas
eletrônicas. Ao mesmo tempo, as cédulas vão para uma urna lacrada.
“A partir da impressão da zerésima –
documento que prova que não há nenhum voto registrado na urna –, todos os votos
das cédulas preenchidas são digitados, um por um, no equipamento e também num
sistema paralelo, em um computador. Tudo é feito em ambiente monitorado, e as
câmeras filmam os números digitados no teclado da urna”, explica o TSE.
Ao final da votação, é impresso um
Boletim de Urna (BU) e os dados são comparados pela comissão de auditoria.
Assim, é verificado se os votos da urna eletrônicas são iguais aos das cédulas
de papel, que estavam na caixa lacrada.
“Ao final, o objetivo é comprovar a coincidência
entre os resultados obtidos nos BUs emitidos pela urna eletrônica sorteada e
nos relatórios emitidos pelo sistema de apoio à auditoria. A conformidade entre
os registros nas cédulas de papel, o BU e o Registro Digital de Votos (RDV)
comprova efetivamente que os votos recebidos são os votos computados.”
Caso os auditores queiram, podem
fazer a conferência e a apuração por conta própria.
Verificação de
autenticidade
Também no dia da eleição, há outro
processo chamado de verificação de “autenticidade” das urnas. Segundo o
Tribunal Superior Eleitoral, essa etapa acontece antes da emissão da zerésima.
O juiz eleitoral verifica os sistemas oficiais estão instalados nas urnas
eletrônicas. Esse processo também é acompanhado por representantes da OAB, do MP
e de partidos políticos. O evento é público.
Para esse teste, são sorteadas de três a dez urnas
eletrônicas
EM TEMPO: O que se sabe é que as urnas eletrônicas foram projetadas pelos engenheiros das Forças Armadas. O que Bozo quer é usar o pretexto do voto impresso para dar um auto-golpe, ou seja com ele no poder. Será? É preciso melhorar a qualidade do voto.
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