terça-feira, 31 de agosto de 2021

Grupo de Boulos vence eleição no PSOL e mantém vivo debate sobre união de partidos contra Bolsonaro

FÁBIO ZANINI - Folhapress

ter., 31 de agosto de 2021

 

***ARQUIVO***SÃO PAULO, SP, 29.11.2020 - Guilherme Boulos (PSOL-SP). (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O grupo de Guilherme Boulos (SP) venceu eleição nacional entre filiados ao PSOL que aconteceu nos finais de semana de agosto e continuará a ter posição dominante no interior da sigla. Também fazem parte do grupo o atual presidente, Juliano Medeiros, a líder do partido na Câmara, Talíria Petrone (RJ), e o deputado federal Ivan Valente (SP).

Eles tiveram aproximadamente 60% dos votos, contra cerca de 40% de grupos concorrentes, que têm como principais referências o deputado federal Glauber Braga (RJ) e a deputada estadual Luciana Genro (RS). Dessa forma, terão prioridade na distribuição de postos e definição de rumos da legenda. O grupo de Boulos tem defendido a discussão sobre a possibilidade de o partido não lançar um candidato à Presidência em 2022, privilegiando assim a composição de uma frente ampla de oposição a Jair Bolsonaro.

Com a vitória, o debate deve continuar no partido até chegar a uma definição, que deve sair somente no ano que vem. Até o momento, a discussão tem centrado na possibilidade de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato que atualmente lidera as pesquisas eleitorais. No entanto, os envolvidos fazem a ressalva de que ainda há muitas questões a equacionar, como a posição que o PSOL ocuparia na aliança, o programa político desse grupo de partidos e os demais membros dessa coalizão.

"O partido sai mais forte, foi um processo democrático interno com a participação de quase 50 mil filiados do Brasil inteiro, e a posição que defende o PSOL com mais amplitude mantendo sua coerência de princípios saiu fortalecida desse congresso", diz Boulos ao Painel. Caso a outra corrente vencesse, essa discussão perderia força. Braga disse à coluna em 19 de agosto que, em sua visão, abandonar uma candidatura própria do PSOL seria perder uma plataforma para reforçar o programa do partido que poderia ser utilizada para fazer contato com a juventude.

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