Unidade Classista – Trabalhadores dos Correios
O ministro das
telecomunicações, Fabio Faria, realizou um pronunciamento em cadeia nacional de
rádio e televisão para mentir abertamente sobre o processo de privatização dos
Correios, falando da importância da ECT para o país, mas apontando que deve ser
vendida e que, apesar do lucro de 1,5 milhão, a empresa é deficitária.
Os trabalhadores dos
Correios, assim como o povo brasileiro, sabem que a privatização tem como
objetivo entregar o patrimônio do povo para as mãos da iniciativa privada que
não consegue concorrer com a maior empresa pública de logística da América
Latina. A classe trabalhadora sabe que a experiência de privatização só trouxe
prejuízos, com o encarecimento das tarifas e a má qualidade na execução dos
serviços. Basta lembrar o apagão do Amapá no começo de 2021.
Outro detalhe
importante sobre esse ataque é que os ecetistas estão em plena Campanha
Salarial, sendo que, desde o início da gestão Bolsonaro, não existe diálogo com
os representantes dos trabalhadores. Na prática não existe mesa de negociação!
No ano passado os
trabalhadores perderam 50 das 79 cláusulas em seu Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT), um ataque brutal que significou uma derrota para uma das categorias mais
combativas dos trabalhadores, amargurando uma perda econômica que reduziu o
poder financeiro da categoria em 35%.
Não podemos deixar de
falar que, com a perda dessas 50 cláusulas, também surgiu uma ferramenta
política de luta antissindical por parte do governo, o qual aplica a ferro e
fogo medidas que impedem o trabalho dos representantes dos trabalhadores. Foi
proibida a entrada dos diretores sindicais nos locais de trabalho, impedindo a
realização de reuniões setoriais e retirando a liberação dos dirigentes
sindicais (que estava sustentada por uma liminar que caiu agora, dia 01 de
agosto).
Neste ano, mesmo com
o anúncio da margem de lucro de mais de 1,5 milhão de reais, com os constantes
recordes operacionais e expansão da ECT no mercado nacional e internacional, o
recado enviado pela direção da Empresa é que a proposta de reajuste é ZERO!
Além da proposta da criação de um Banco de Horas e o anúncio da implantação do
ponto eletrônico nos locais de trabalho.
A UNIDADE CLASSISTA e
sua Fração de Trabalhadores dos Correios orienta que neste momento crítico é
mais que necessário organizar as bases, articular ações de denúncia e
conscientizar os trabalhadores sobre a necessidade da construção de uma GREVE,
além de se somar aos esforços de construção de uma GREVE GERAL para derrotar
Bolsonaro, Mourão e todos os seus aliados, que querem sangrar a classe
trabalhadora.
A hora é essa! Chegou
o momento de ousar lutar! Chegou o momento de ousar vencer!
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