ESTADÃO - Bruno Ribeiro e Cícero Cotrim
© Reprodução/YouTube O general Santos Cruz, durante participação
em live do grupo Parlatório S/A
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz,
ex-ministro da Secretaria de Governo, disse que manifestações como a nota feita
pelos comandantes das Forças Armadas “não contribuem em nada” para o ambiente
institucional do País e que as afirmações do presidente Jair Bolsonaro sobre a
chance de não haver eleições no ano que vem sem voto impresso são uma “ameaça
absurda”. Ao participar de uma live organizada pelo grupo Parlatório S/A na noite deste
domingo, 11, ele defendeu ainda uma “reação forte” da sociedade e das
instituições contra a ameaça feita pelo chefe do Executivo.
“Não pode haver
essa manifestação institucional. Quando ela acontece, acarreta mais desgaste
ainda. O que estamos vivendo é um contexto, manifestações, que não contribuem
em nada. Trazem só instabilidade, trazem só alarmismo”, disse Santos Cruz, ao
ser questionado sobre o papel dos militares para garantir a democracia. Ele se
referia à carta dos chefes militares e do ministro da Defesa, Walter Braga
Netto, divulgada após o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), citar o termo
“banda podre” de militares no Ministério da Saúde. A nota tinha expressões como
“vil e leviana” para descrever a fala do senador.
O general considerou que o número de militares no governo está desequilibrado e que o governo estimulou a nomeação de integrantes das Forças Armadas no governo para tentar captar o prestígio das instituições. “Mas isso não é bom porque começou um desgaste político”.
Santos Cruz afirmou
que as eleições são fundamentos básicos. “Algumas ameaças são absurdas, como de o presidente da República
dizer que talvez não tenha eleição. Eleição é fundamento
básico da democracia”, disse. “Esses pontos sofrem algum desgaste, mas tem de
haver reação forte das pessoas e das instituições. Temos algumas instituições
muito fracas, seja no Judiciário, seja no Congresso Nacional, que, na minha
opinião, tem de ser mais forte”, acrescentou.
EM TEMPO: Independente de concordarmos, ou não, com o general Santos Cruz, é evidente que ele entende melhor, do que alguns dos seus pares, de política e certamente entenderá de geopolítica. É inacreditável que com tantas escolas militares existentes no Brasil, além dos cursos de aperfeiçoamento que uma parcela considerável de militares fazem no exterior, especialmente aqueles do Alto Comando das Forças Armadas, publiquem uma nota ameaçadora à democracia, para dar apoio a um ex-capitão indisciplinado quando vestia a farda e agora na presidência da república. Pior, Bozo não tem o apoio da população e nem tão pouco do Presidente dos EUA, Joe Biden. Não existe golpe ou autogolpe sem o consentimento de Biden.
Bozo é tido externamente como um "maluco" e a política dos EUA de alguns anos para cá consiste em não criar ditadores que lhes deem trabalho no futuro, a exemplo de Saddan Hussein, no Iraque, Leopoldo Galtieri, na Argentina e tantos outros. Lembrando que Lula, devido ao seu prestígio internacional, iniciou o processo de aquisição de armamento para as forças armadas, a exemplo de: caças + submarino, etc. Portanto, os militares eram felizes com Lulinha e não sabiam. Bozo não tem prestígio para comprar, sequer, um parafuso de reposição, que dirá armamento sofisticado. Mas, amostrar-se fazendo "arminha com as mãos" é um bom espetáculo teatral que o Bozo sabe fazer. Quem se habilita a levar Bozo, para casa, para dar educação e terminar sua criação (rsrsrs).
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