Yahoo, Redação Notícias
sex., 9 de julho de 2021
Empresa dos
Emirados Árabes atuou como intermediadora na negociação da Covaxin (Pavlo
Gonchar/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
· Envixia, empresa dos Emirados Árabes, também atuou como intermediadora na compra das vacinas Covaxin, a Folha de S.Paulo apontou.
· Com isso, subiu para quatro o número de empresas e países que participaram da negociação
· O acordo tem sido um dos focos da CPI da Covid e tornou Jair Bolsonaro alvo de investigação
A suspeita compra da vacina Covaxin envolveu mais um intermediador. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, uma empresa dos Emirados Árabes Unidos participou da negociação que se tornou um dos focos da CPI da Covid. O veículo revelou a existência de um documento que aponta a empresa Envixia Pharmaceuticals LLC como responsável por apoiar o registro e a comercialização do imunizante no Brasil.
O memorando obtido pela reportagem é pouco claro quanto à função da empresa na negociação. Ele aponta apenas que cabe à Envixia “fornecer suporte para todas as atividades relacionadas ao registro e comercialização” da vacina no país. O documento foi enviado ao Ministério da Saúde pela Precisa Medicamentos, primeira intermediadora da vacina e responsável por conduzir a negociação de R$ 1,6 bilhão.
A Folha explicou que tentou descobrir mais detalhes sobre a Envixia em consultas a interlocutores e entidades envolvidos nas negociações, mas todos disseram desconhecer a empresa. Somente a diretora-executiva da Precisa, Emanuela Medrades, conseguiu esmiuçar a questão. Segundo ela, a Envixia atua como uma “finder”, ou seja, busca outros empreendimentos. Ela também classificou o intermédio da companhia como “normal”.
Com a Envixia, sobe para quatro o número de empresas e países que atuaram na negociação da Covaxin. Além da companhia emiradense e da brasileira Precisa, a indiana Bharat Biotech foi a responsável pela fabricação da vacina e uma representante de Singapura, a Madison Biotech, participou de uma tentativa frustrada de pagamento antecipado de US$ 45 milhões.
Entenda as
suspeitas no caso Covaxin
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Um dos casos suspeitos de corrupção e investigados pela CPI da Covid é a aquisição das vacinas Covaxin, com possível superfaturamento e tráfico de influência na negociação. O presidente Jair Bolsonaro será investigado por prevaricação após ter sido informado de possíveis irregularidades na compra do imunizante. Segundo Luiz Paulo Dominghetti, representante da empresa Davati Medical Supply, ele teria recebido pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato de venda de vacinas da AstraZeneca com o Ministério da Saúde.
Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística do Ministério da Saúde, que teria pedido a propina, foi exonerado após a denúncia. O governo do presidente Jair Bolsonaro comprou a vacina produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech por um valor 1.000% maior do que o estimado pela própria empresa seis meses antes. O contrato para a compra da Covaxin totalizou R$ 1,6 bilhão e foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello.
EM TEMPO: A corrupção é inerente ao Sistema Econômico Capitalista. Agora durmam com essa realidade.
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