Texto extraído do Blog do Magno Martins
Com edição de Ítala Alves
O jornal norte-americano The Washington Post publicou um editorial, ontem, afirmando que o presidente Jair Bolsonaro pode estar “mirando a democracia” e preparando um golpe político contra “os legisladores e eleitores que poderiam removê-lo do cargo”. As informações são do Poder 360.
O periódico afirmou que as democracias dos
Estados Unidos e da América Latina devem “deixar claro” que uma
interrupção da democracia seria intolerável. O texto fala que o Congresso
pode propor o impeachment de Bolsonaro “por sua péssima gestão da
pandemia, incluindo minimizar sua gravidade, resistir às medidas de saúde
pública e promover curas charlatanescas”.
"O presidente brasileiro já contribuiu muito
para o agravamento da pandemia covid-19 em seu próprio país e, por meio da disseminação
da variante brasileira, pelo mundo. Ele não deve ter permissão para destruir
uma das maiores democracias do mundo também.” O jornal disse que “não há
fim à vista” para a onda de mortes e infecções pela covid no Brasil,
graças à “impressionante incompetência do presidente Jair Bolsonaro e seu
governo”.
A publicação comentou a saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e a renúncia dos comandantes militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Citou também a mudança do general Braga Netto do comando da Casa Civil para a Defesa, e a escolha do secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres, para o Ministério da Justiça. O editorial afirma que as medidas fizeram com que seis “prováveis candidatos presidenciais emitissem uma declaração conjunta alertando que ‘a democracia do Brasil está ameaçada'”.
“Bolsonaro expressou abertamente sua admiração pela
ditadura militar que governou o país nas décadas de 1960 e 1970. Admirador de
Donald Trump, ele adotou a tática do ex-presidente dos EUA de alertar sobre
fraude nas próximas eleições e exigir que os sistemas de votação eletrônica
sejam substituídos por cédulas de papel. Ele apoiou as alegações de Trump sobre
fraude eleitoral, e seu filho, um legislador que visitou Washington, D.C., na
véspera de 6 de janeiro, expressou consternação com o ataque ao Capitólio que
não teve sucesso”.
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