19 de janeiro de 2021
Dia 17/01 de janeiro se constitui como um dia histórico para o Brasil, dia em que foram aprovadas pela ANVISA as vacinas Coronavac e Oxford para uso em caráter emergencial no combate à pandemia do Coronavirus.
Após 10 meses de pandemia,
com mais de 200 mil mortes pelo país, e a agudização da crise financeira e
sanitária, a chegada da vacina oferece alívio inicial e esperança de dias
melhores. No entanto, não devemos esquecer dos inúmeros ataques que ainda
persistem contra os trabalhadores.
Dória usa da vacina
produzida pelo Instituto Butantã (órgão estatal) para fazer palanque aos seus
objetivos eleitoreiros. Porém, não devemos esquecer que o mesmo Dória e seu
partido são os principais fomentadores do desmonte e sucateamento dos serviços
públicos em São Paulo.
Foi ele que nos
últimos anos abriu os caminhos para a privatização do próprio Instituto
Butantã, facilitando a parceria com empresas privadas e a venda de produtos, em
detrimento da produção de vacinas e pesquisas voltadas para a saúde pública.
Ainda durante a pandemia, cedeu à pressão dos patrões ávidos por lucro, e
flexibilizou cada vez mais o isolamento social, sem que houvesse em
contrapartida qualquer garantia de segurança, EPI ou melhores condições de
trabalho para os trabalhadores que foram então, obrigados a se expor aos riscos
em nome do próprio sustento. O mesmo governador também foi responsável pela
subnotificação dos casos de contágio por Coronavírus no estado e pelo “apagão
de informações” no período que antecedeu as eleições municipais de 2020.
Dória se utiliza da
saúde pública e de sua situação de calamidade (com a qual ele mesmo contribui)
para se apresentar como alternativa. No entanto, ainda que diferente dos
métodos de Bolsonaro, sabemos que ambos fazem parte do mesmo projeto neoliberal
que quer destruir o serviço público, o investimento em pesquisa e na ciência e
entregar todos os direitos à iniciativa privada. Não nos esqueçamos da PL 529,
por exemplo, aprovada em outubro do ano passado e que vai enxugar mais de 1
bilhão das universidades estatais e da FAPESP. O interesse no lucro ainda está
acima da proteção à vida da população.
O desenvolvimento e a utilização da vacina são vitórias da ciência e da saúde pública (SUS), APESAR dos esforços neoliberais e dos ataques contra as políticas públicas e aos trabalhadores em todas as esferas do governo. Por isso agora é o momento de empenhar esforços na luta pela valorização do serviço público, em defesa dos servidores públicos, pelo SUS de qualidade e gratuito.
É nossa tarefa
organizar e construir uma vigorosa greve geral que seja capaz de resistir aos
ataques de BolsoDória, Mourão e seus aliados, assim como devemos encaminhar
ações contra a Reforma Administrativa, formando comitês regionais de
mobilização e diálogo com a população sobre o que representam as privatizações
e os ataques aos trabalhadores, resultantes das políticas neoliberais. Ações
essas que deverão ser feitas por iniciativas classistas de unidade como o Fórum
Sindical, Popular e da Juventude, de Luta por Direitos e Liberdades
Democráticas.
Todo reconhecimento,
solidariedade e luta à conquista dos trabalhadores da ciência e saúde
brasileiras.
Comissão Executiva
Estadual – Unidade Classista – SP
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