Entidade garante que lutará pela
continuidade do banco como empresa pública
Com o objetivo de acelerar a política
de governo de desestatização, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro
tem recorrido à estratégia de vender parte das empresas públicas, a exemplo do
que já está acontecendo na Petrobras e com pretensões de se estender para o
Banco do Brasil. Neste caso, o governo já sinalizou com a possibilidade de se
desfazer do BB DTVM, braço do banco que realiza a gestão de recursos de
terceiros e administra fundos de investimentos de clientes da empresa. Diante
disso, a Associação Nacional dos
Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) escreveu uma carta,
endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, solicitando que não seja feito nenhum
tipo de privatização do banco, ou de partes dele, sem a decisão passar pela
análise do Congresso Nacional.
Em Sergipe, o Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/ SE) está atento a esta
situação. De acordo com a presidente da entidade, Ivânia Pereira, o sindicato
não medirá esforços na luta contra a privatização do Banco do Brasil. “O Banco
do Brasil é um banco sólido, centenário. O país não pode prescindir de uma
empresa como o Banco do Brasil, nesse sentido é temerária a ideia de privatizar
a empresa.
O movimento sindical bancário se
coloca contrário à possibilidade de privatizá-lo e não medimos esforços para fazer
a defesa da continuidade do banco como uma empresa pública de economia mista
como é no momento”, afirma Ivânia Pereira. Segundo informações fornecidas pelo
Seeb/SE, no primeiro semestre de 2020 o lucro líquido ajustado do Banco do
Brasil foi de R$ 6,7 bilhões. No trimestre o lucro foi de R$ 3,3 bilhões, com
redução de 2,5% em relação ao 1º trimestre do ano.
A carteira de crédito ampliada teve crescimento de 5,1% em doze meses e queda
de 0,5% no trimestre, totalizando R$ 721,6 bilhões. No segmento de pessoas
físicas, que cresceu 6,6%, totalizando R$ 218,0 bilhões, com destaque para o
empréstimo pessoal (+15,9%) e o crédito consignado (+14,6). A carteira de
crédito renegociado PF cresceu 23,8%. Também foi possível apurar que, no
segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 5,3%, totalizando R$ 271,4
bilhões, com destaque para o crédito voltado às micro, pequenas e médias
empresas, que cresceu 10,3%, especialmente na linha de capital de giro
(+27,7%).
A carteira do agronegócio (que representa 55,7% do segmento no país) cresceu
1,1% em 12 meses, chegando a R$ 186,8 bilhões. Além disso, o índice de
inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,84%, com redução de
0,41 p.p. com relação a junho de 2019, muito próximo à inadimplência do Sistema
Financeiro Nacional (2,9%). As receitas com prestação de serviços e tarifas
alcançaram, em um ano, R$ 14 bilhões, enquanto as despesas com pessoal,
incluindo o pagamento da PLR, caíram 0,8% no mesmo período, totalizando R$ 10,8
bilhões.
Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de
130,46% no semestre de 2020. Por último, o Seeb/SE dá conta que, em 12 meses, o
Banco do Brasil fechou 3.694 postos de trabalho. Em contrapartida, a demanda
nas agências só tem aumentado. Por isso, a Comissão de Empresa dos Funcionários
do BB (CEBB) cobrou da instituição financeira, durante a negociação no último
dia 7 de agosto, a ampliação imediata das contratações. O tema faz parte da
pauta de reivindicação específica dos funcionários e funcionárias do BB nas
negociações da Campanha Nacional dos Bancários.
Fonte; https://app.redeclipping.com.br/clippings/view/92069
EM TEMPO: O desgoverno Bolsonaro se apoia no desmonte do Estado brasileiro. É a política de terra arrasada, seja na saúde, educação, ambiental, etc. Agora durmam com essa bronca.
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