quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Sindicato dos Bancários repudia privatização do BB

 


Entidade garante que lutará pela continuidade do banco como empresa pública


Com o objetivo de acelerar a política de governo de desestatização, a equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro tem recorrido à estratégia de vender parte das empresas públicas, a exemplo do que já está acontecendo na Petrobras e com pretensões de se estender para o Banco do Brasil. Neste caso, o governo já sinalizou com a possibilidade de se desfazer do BB DTVM, braço do banco que realiza a gestão de recursos de terceiros e administra fundos de investimentos de clientes da empresa. Diante disso, a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb) escreveu uma carta, endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, solicitando que não seja feito nenhum tipo de privatização do banco, ou de partes dele, sem a decisão passar pela análise do Congresso Nacional.

Em Sergipe, o Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/ SE) está atento a esta situação. De acordo com a presidente da entidade, Ivânia Pereira, o sindicato não medirá esforços na luta contra a privatização do Banco do Brasil. “O Banco do Brasil é um banco sólido, centenário. O país não pode prescindir de uma empresa como o Banco do Brasil, nesse sentido é temerária a ideia de privatizar a empresa.

O movimento sindical bancário se coloca contrário à possibilidade de privatizá-lo e não medimos esforços para fazer a defesa da continuidade do banco como uma empresa pública de economia mista como é no momento”, afirma Ivânia Pereira. Segundo informações fornecidas pelo Seeb/SE, no primeiro semestre de 2020 o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil foi de R$ 6,7 bilhões. No trimestre o lucro foi de R$ 3,3 bilhões, com redução de 2,5% em relação ao 1º trimestre do ano.
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A carteira de crédito ampliada teve crescimento de 5,1% em doze meses e queda de 0,5% no trimestre, totalizando R$ 721,6 bilhões. No segmento de pessoas físicas, que cresceu 6,6%, totalizando R$ 218,0 bilhões, com destaque para o empréstimo pessoal (+15,9%) e o crédito consignado (+14,6). A carteira de crédito renegociado PF cresceu 23,8%. Também foi possível apurar que, no segmento de pessoas jurídicas, o crescimento foi de 5,3%, totalizando R$ 271,4 bilhões, com destaque para o crédito voltado às micro, pequenas e médias empresas, que cresceu 10,3%, especialmente na linha de capital de giro (+27,7%).

A carteira do agronegócio (que representa 55,7% do segmento no país) cresceu 1,1% em 12 meses, chegando a R$ 186,8 bilhões. Além disso, o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,84%, com redução de 0,41 p.p. com relação a junho de 2019, muito próximo à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (2,9%). As receitas com prestação de serviços e tarifas alcançaram, em um ano, R$ 14 bilhões, enquanto as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, caíram 0,8% no mesmo período, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 130,46% no semestre de 2020. Por último, o Seeb/SE dá conta que, em 12 meses, o Banco do Brasil fechou 3.694 postos de trabalho. Em contrapartida, a demanda nas agências só tem aumentado. Por isso, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) cobrou da instituição financeira, durante a negociação no último dia 7 de agosto, a ampliação imediata das contratações. O tema faz parte da pauta de reivindicação específica dos funcionários e funcionárias do BB nas negociações da Campanha Nacional dos Bancários.

Fonte; https://app.redeclipping.com.br/clippings/view/92069

EM TEMPO: O desgoverno Bolsonaro se apoia no desmonte do Estado brasileiro. É a política de terra arrasada, seja na saúde, educação, ambiental, etc. Agora durmam  com essa bronca. 

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