CATRACA LIVRE
© Agência Brasil
O ministro Luiz
Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou à PGR (Procuradoria-Geral da
República) nessa quarta-feira, 29, notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro com base em reportagem
da Agência Sportlight, segundo
a qual ele teria superfaturado verba parlamentar para combustíveis na época
em que era deputado. As informações são do site Conjur.
Segundo a
reportagem, Bolsonaro gastou em média R$ 4,1 mil em 11 idas em dois postos de
gasolina do Rio de Janeiro, entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2011.
A notícia-crime
contra Bolsonaro, enviada ao Supremo pelo criminalista Sidney Duran Gonçalez,
sustenta que cruzamento de dados públicos do Congresso e as notas fiscais de
abastecimento enviadas à Câmara, segundo a reportagem, mostram que o então
parlamentar abasteceu em dois postos diferentes no mesmo dia, apesar dos muitos
litros comprados. Ainda segundo a
reportagem da Agência Sportlight, Bolsonaro teria abastecido os veículos no Rio
de Janeiro mesmo quando registrou presença em Brasília.
Entenda
Reportagem de Lúcio
de Castro, da Agência Sportlight de jornalismo investigativo revela que Jair
Bolsonaro gastou mais de R$ 2.000 para encher o tanque de um único carro com
mais de mil litros de gasolina comum. O superfaturamento ocorreu em 2009 quando
ele exercia o mandato de deputado federal.
Nota fiscal de um
posto na Barra da Tijuca (Auto Serviço Rocar), zona oeste do Rio de Janeiro,
mostra que Bolsonaro pagou R$ 2.608 por 1.003,46 litros. Corrigidos pelo IGP-M
de fevereiro, o valor é de R$ 4.833,38. Embora não exista
carro com tal capacidade no tanque, o valor foi reembolsado sem objeção
pela Câmara como parte da “cota parlamentar” do então deputado federal pelo PP,
partido de Paulo Maluf.
Em 27 anos de vida
parlamentar, Jair Bolsonaro apresentou apenas três projetos, um de educação e
dois de saúde. Em contrapartida, o
até então deputado apresentou pelo menos 32 propostas voltadas para os
militares, categoria da qual é originário.
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