Veja.com -Da Redação
© Twitter/Reprodução O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, em vídeo nas redes sociais
O prefeito de Milão, Giuseppe Sala, reconheceu, nesta
quinta-feira 26 que errou ao apoiar a campanha “Milão não para”, que, lançada
há exatamente um mês, estimulou os moradores da cidade a continuar as
atividades econômicas e sociais durante a pandemia do novo coronavírus.
Quando a hashtag começou a ser divulgada na internet, em 26 de
fevereiro, a Lombardia, região da Itália onde fica Milão, tinha 258 pessoas
infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes. Hoje, a
província é a mais atingida pela Covid-19 no país, com 34.889 casos e 4.861
óbitos, de acordo com a Defesa Civil.
“Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título
#MilãoNãoPara. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e
todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente errado”,
reconheceu Giuseppe Sala, em entrevista ao programa de televisão italiano Che
tempo che fa, da emissora Rai. “Ninguém ainda havia entendido a virulência
do vírus, e aquele era o espírito. Trabalho sete dias por semana para fazer
minha parte, e aceito as críticas”, afirmou.
Sala postou em sua página no Instagram um vídeo realizado por uma
associação de bares e restaurantes da cidade, que incentivava a população a
viver normalmente. Dias depois, compartilho também uma foto em que vestia uma
camisa com o slogan “Milão não para”.
A campanha contou com a adesão de outras figuras políticas importantes
do país, como Matteo Salvini, líder da extrema direita no país e do partido
Liga. A cidade de Milão concentra 40,1% da população contaminada pelo
coronavírus e 54,4% das mortes no país.
EM TEMPO: Enquanto isso aqui no Brasil o presidente Bolsonaro insiste em incorrer no mesmo erro
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