quinta-feira, 7 de novembro de 2019

RESGATAR A CIDADE DO DOMÍNIO ESTRANGEIRO E BURGUÊS.




As Eleições de 2020 ganham cada vez mais espaços na imprensa e nas articulações de grupos políticos em Garanhuns/PE. Contudo, o PCB vê com preocupação a antecipação da discussão eleitoral num momento em que a prioridade das movimentações dos setores progressistas deveria ser a articulação de uma ampla frente de resistência aos ataques dos governos, em esfera federal, estadual e municipal. Os representantes da burguesia tentam transformar a eleição num imenso “Pastoril”  como se fosse uma disputa entre o “cordão vermelho e o azul”. Tudo isso para animar a população, chamando-a para o processo eleitoral despolitizante.

Compreendemos a necessária relação entre as saídas políticas para a complexa equação em que nos encontramos e a obrigação de articular as lutas populares e os enfrentamentos nos espaços institucionais. Entendemos que qualquer articulação de cunho eleitoral deve ser produto de uma discussão programática que emerge da luta e consolida acordos políticos. Por mais que devam se adequar ao desdobrar da conjuntura, estas alianças construídas na luta devem ser privilegiadas.
Nesse sentido, o PCB conclama que a derrota das políticas implementadas pelos governos Bolsonaro, Paulo Câmara e Izaías Régis, não devem ser atreladas ao calendário eleitoral, mas serem realizadas na necessária rearticulação do movimento sindical, popular, social e de juventude. 
Das ruas e das lutas brotarão a resistência e a contraofensiva, que terão seus momentos nas esferas eleitorais, porém, hoje passam pela articulação de frentes amplas contra as agressões da extrema direita, dos setores conservadores e reacionários e pela consolidação de um campo político e programático que apresente uma saída para o atual quadro politico, a qual passará necessariamente pelo fortalecimento das liberdades democráticas, pela consolidação de um programa emergencial e estratégico para a classe trabalhadora e pela construção das bases do processo de superação da atual ordem socioeconômica na perspectiva do socialismo.
O PCB ainda não possui candidato(a) a Prefeito do Garanhuns/PE. Queremos discutir programa, não apenas para construções políticas futuras, mas também para evitar equívocos cometidos pelo chamado campo progressista no passado recente, em que a matemática eleitoral se sobrepôs às discussões programáticas.
Constatamos que está havendo uma acentuada ingerência de grupos políticos de outras regiões do Estado de Pernambuco, os quais ao se associarem com grupamentos políticos dependentes (sem autonomia) que habitam em nosso município, ocupam a cidade, fortalecendo o domínio da Legião Estrangeira, a qual vai completar 44 anos, em dezembro de 2020, de dominação  burguesa quando terminar o mandato do prefeito Izaías Régis. Por exemplo: o líder burguês Armando Monteiro é quem dita às regras do jogo político sem que o mesmo tenha algum vínculo com a nossa cidade.
Em quase meio século de dominação estrangeira e burguesa, a Legião Estrangeira foi incapaz de contribuir com  o desenvolvimento do município no que diz respeito  a produção agrícola, industrial, emprego, saúde, turismo, dentre outros aspectos. Convém lembrar que, em nossa cidade, há uma precariedade urbanística e paisagística bastante acentuada. Pois é, a Legião  Estrangeira é aquela que cancelou o “Festival de Jazz”, fechou o Hospital Municipal e foi incapaz de aproveitar os 8 anos do governo Lula (nosso conterrâneo). Portanto nosso lema consiste em resgatar a cidade do domínio estrangeiro e burguês, preservando a autodeterminação dos povos, as liberdades democráticas, as conquistas sociais, a recuperação do meio ambiente, elevando a autoestima dos munícipes, numa perspectiva de  tornar o município auto-sustentável em direção ao Poder Popular.  
O PCB não subestima nem superestima o processo eleitoral. Buscaremos o diálogo com setores cuja afinidade política seja maior com nossa linha programática, sem nos negarmos a conversações com setores do campo democrático popular, porém, afirmando sempre que uma aliança eleitoral não pode ser fruto somente de acordos eleitorais, mas sim produto e consequência de uma discussão programática.
EM DEFESA DA NOSSA SOBERANIA, DO MEIO AMBIENTE, DO CONTROLE DA BASE MILITAR DE ALCÂNTARA NO MARANHÃO E DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS.
RUMO AO PODER POPULAR
Secretariado Municipal do Partido Comunista Brasileiro – PCB-Garanhuns/PE


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