Exploração máxima e Estado mínimo
Coordenação Nacional
da Unidade Classista
A guinada para a
extrema-direita que o Brasil optou nas últimas eleições em 2018 levou o país a
uma radicalização liberal infrutífera que está comprometendo a imagem e
destruindo a economia e o patrimônio nacionais. Jair Bolsonaro quer privatizar
setores estratégicos para a nação, colocando em risco a soberania nacional. Já
foram anunciadas que diversas estatais estão na mira do Ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Gomes de Freitas, que comunicou existirem cerca de 100 estatais que
devem ser privatizadas, entregues à sanha de lucro da iniciativa privada e do
capital estrangeiro.
PETROBRAS E CORREIOS
NA MIRA
Paulo Guedes falou
que o presidente deu sinal verde para o início das privatizações de duas
empresas públicas que são estratégicas para o desenvolvimento do país. São elas
as refinarias da Petrobras e os Correios, dois setores estratégicos para o
país. Pois são empresas que tratam da comunicação (no caso dos Correios) e da
energia (combustíveis).
A ECT vem passando
por um processo de sucateamento constante, com o objetivo de justificar a
privatização. O clima interno na empresa desmotiva os trabalhadores.
Equipamentos sucateados, trabalhadores precarizados, viaturas e transportes
quebrados e agências sendo fechadas. Esse é o retrato da tentativa de forçar os
trabalhadores a prestar um péssimo serviço e jogar a opinião pública contra os
Correios. No mês de maio e junho, os Correios anunciaram o fechamento de 116
agências em todo o Brasil, além do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que
pretende demitir cerca de 20 mil funcionários.
No caso da Petrobras
e da venda das refinarias, fica óbvio que o interesse é vender para o capital
internacional nossas reservas de petróleo e deixar sob o controle estrangeiro
uma das maiores fontes de riqueza e de energia do país. Segundo Roberto
Castello Branco, presidente da Petrobras na atual gestão, “a intenção é vender
metade da capacidade de produção da estatal, tendo em vista que podemos
arrecadar 15 bilhões com a venda dessas refinarias”, afirmou o ministro em
entrevista à Globo News.
STF VOTA CONTRA
PRIVATIZAÇÃO SEM APROVAÇÃO DO CONGRESSO
No dia 06/06, o
Supremo Tribunal Federal (STF) deu parecer sobre a questão das privatizações,
seguindo a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que proibiu a venda de
qualquer estatal sem a aprovação da maioria do Congresso. Porém, em contradição
com a própria decisão, permitiu a venda de subsidiárias. A dubiedade da
questão, partindo do ponto de vista da classe trabalhadora, é que, mesmo com
essa vitória parcial para o povo brasileiro, essa decisão não impede o
desmantelamento do Estado. Ainda mais sabendo-se do grande balcão de negócios
que é o parlamento brasileiro.
NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES
DOS CORREIOS E DA PETROBRAS!
Leia na íntegra o
Jornal da Unidade Classista edição nº 4 em:
http://unidadeclassista.org.br/uc1/wp-content/uploads/2019/06/JORNAL-DA-UNIDADE-CLASSISTA-N%C2%BA-04-JUN-E-JUL-v2.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário