quarta-feira, 26 de junho de 2019

O desmonte do patrimônio público através das privatizações


Exploração máxima e Estado mínimo
Coordenação Nacional da Unidade Classista
A guinada para a extrema-direita que o Brasil optou nas últimas eleições em 2018 levou o país a uma radicalização liberal infrutífera que está comprometendo a imagem e destruindo a economia e o patrimônio nacionais. Jair Bolsonaro quer privatizar setores estratégicos para a nação, colocando em risco a soberania nacional. Já foram anunciadas que diversas estatais estão na mira do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que comunicou existirem cerca de 100 estatais que devem ser privatizadas, entregues à sanha de lucro da iniciativa privada e do capital estrangeiro.
PETROBRAS E CORREIOS NA MIRA
Paulo Guedes falou que o presidente deu sinal verde para o início das privatizações de duas empresas públicas que são estratégicas para o desenvolvimento do país. São elas as refinarias da Petrobras e os Correios, dois setores estratégicos para o país. Pois são empresas que tratam da comunicação (no caso dos Correios) e da energia (combustíveis).
A ECT vem passando por um processo de sucateamento constante, com o objetivo de justificar a privatização. O clima interno na empresa desmotiva os trabalhadores. Equipamentos sucateados, trabalhadores precarizados, viaturas e transportes quebrados e agências sendo fechadas. Esse é o retrato da tentativa de forçar os trabalhadores a prestar um péssimo serviço e jogar a opinião pública contra os Correios. No mês de maio e junho, os Correios anunciaram o fechamento de 116 agências em todo o Brasil, além do Plano de Demissão Voluntária (PDV), que pretende demitir cerca de 20 mil funcionários.
No caso da Petrobras e da venda das refinarias, fica óbvio que o interesse é vender para o capital internacional nossas reservas de petróleo e deixar sob o controle estrangeiro uma das maiores fontes de riqueza e de energia do país. Segundo Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras na atual gestão, “a intenção é vender metade da capacidade de produção da estatal, tendo em vista que podemos arrecadar 15 bilhões com a venda dessas refinarias”, afirmou o ministro em entrevista à Globo News.
STF VOTA CONTRA PRIVATIZAÇÃO SEM APROVAÇÃO DO CONGRESSO
No dia 06/06, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu parecer sobre a questão das privatizações, seguindo a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que proibiu a venda de qualquer estatal sem a aprovação da maioria do Congresso. Porém, em contradição com a própria decisão, permitiu a venda de subsidiárias. A dubiedade da questão, partindo do ponto de vista da classe trabalhadora, é que, mesmo com essa vitória parcial para o povo brasileiro, essa decisão não impede o desmantelamento do Estado. Ainda mais sabendo-se do grande balcão de negócios que é o parlamento brasileiro.
NÃO ÀS PRIVATIZAÇÕES DOS CORREIOS E DA PETROBRAS!
Leia na íntegra o Jornal da Unidade Classista edição nº 4 em:
http://unidadeclassista.org.br/uc1/wp-content/uploads/2019/06/JORNAL-DA-UNIDADE-CLASSISTA-N%C2%BA-04-JUN-E-JUL-v2.pdf



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